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Implantação do 5G no Brasil promete salto na mobilidade urbana

Rede 5G permitirá salto no avanço tecnológico da mobilidade urbana nas cidades com abertura para MaaS, Big Data, IoT e mais

A nova tecnologia 5G já tem uma “prévia” de funcionamento no Brasil a partir do 5G DSS da Claro em parceria com a Ericsson, mas sua implementação ocorrerá de fato em 2021. A nova rede promete proporcionar aos setores de transporte e mobilidade urbana resultados significativos na movimentação de cargas e pessoas, além da melhoria na logística caminhando para o futuro das cidades inteligentes.

De acordo com webinar promovido pela FGV Transportes, com a implantação do 5G será possível um salto na mobilidade urbana das cidades. Sua aplicação poderá estar presente em semáforos, placas de ruas e ao longo de avenidas e estradas, a fim de estabelecer uma conexão entre os veículos por meio da inteligência artificial. 

De acordo com Vitor Cavalcanti, Diretor Executivo do Movimento Brasil Digital, presente no webinar, a antena nova do 5G terá um alcance maior que a do 4G, aumentando sua cobertura em regiões principalmente mais afastadas ou dificultadas por questões ambientais. 

[A antena 5G] tem uma capacidade muito mais ampla, ela chega em uma comunidade mesmo com a lei ambiental funcionando, mesmo com tudo o que a gente tem hoje no Brasil com todas as dificuldades.

– Vitor Cavalcanti.

Segundo o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), o raio de cobertura da rede 4G é de 5 a 10 km, com o 5G o raio passa para 50 km de distância. Além do aumento de cobertura, a nova rede permitirá maior velocidade no terminal e menor tempo de resposta, ou seja, enquanto o 4G demora 60 milissegundos para latência, o 5G se aproxima a zero e isso pode habilitar mais usos e experiências como para cidades e transportes, de acordo com Georgia Sbrana, Vice-Presidente de Assuntos Corporativos da Ericsson para o Cone Sul da América Latina.

Em infraestrutura de transporte, a implantação da nova rede de 5G prevê mais de US$ 2 bilhões de investimentos até 2024. No âmbito empresarial, pode gerar US$ 23 bilhões em oportunidades para Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), Inteligência artificial (IA) e outras tecnologias emergentes que já existem hoje mas que, com a chegada do 5G, serão impulsionadas ainda mais. De acordo com Vitor Cavalcanti, o 5G permitirá uma largura de banda mais confiável que dá abertura para Analytics, Big data e outras oportunidades dentro do mundo corporativo.

Com a implantação do 5G, a Mobilidade como Serviço (Mobility as a Service – MaaS) mudará as cidades em poucas décadas. Segundo a FGV Transportes, essa mudança se aplica para redução no número de veículos em circulação, maior inteligência nas formas de deslocamento e melhor gerenciamento e monitoramento do trânsito e do transporte. Além de uma maior gestão de tráfego, semaforização inteligente, controle de veículos, metrô, trens e outros.

O leilão para implantação da nova rede no Brasil ocorrerá no primeiro semestre de 2021, mas dependerá principalmente do calendário do governo. Assim, durante o webinar, palestrantes reforçaram a necessidade de atenção do governo para quatro pontos:

  • tamanho da oportunidade que a nova rede 5G proporcionará ao desenvolvimento do Brasil
  • quantidade de emprego a ser gerado
  • salto de transformação digital no país
  • oportunidade de criação e inovação

Contudo, a tecnologia aplicada no desenvolvimento do setor de mobilidade, principalmente para tecnologias embarcadas, dependerá muito mais das empresas privadas, de acordo com Marcus Quintella, Diretor do FGV Transportes.

No  transporte público, por exemplo, novas tecnologias deverão entrar em cena, o que depende de investimentos na área e de uma renovação no financiamento dos sistemas. Modelos inovadores, como a Bilhetagem Digital, carteiras digitais, entre outros, já seguem a nova proposta de digitalização. 

“Diante desse cenário, recomendo ao setor de logística e aos governos que se preparem antecipadamente para os novos tempos, desenvolvendo pesquisas e estudando a viabilidade econômico-financeira de projetos com a tecnologia 5G, para que não haja mais atraso tecnológico em nosso país.”

– Marcus Quintella.

O webinar “A Tecnologia 5G nos Transportes, Logística e Mobilidade Urbana” está disponível em transportes.fgv.br/webinar-mobilidade-urbana

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Isso é obrigatório.
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Cidades sob comando de mulheres são exemplos em governança urbana

Ainda em minoria no Brasil, países no exterior são destaque na representação feminina no poder público e em inovações ousadas para o futuro das cidades

Nas ruas, as mulheres não são minoria, porém, no âmbito institucional e nas esferas de poder, a presença de mulheres é baixa. Nas eleições de 2016, entre as 10 capitais mais populosas do Brasil, haviam no máximo 28% de candidatas mulheres às prefeituras. De acordo com decisão do STF, a presença de 30% de candidaturas femininas é lei. 

A importância da presença feminina nos lugares de poder impacta diretamente na construção, desenvolvimento e mobilidade dos municípios. Isso está relacionado a participação direta da parcela feminina na população, afinal são as que mais se movimentam nas cidades. 

No entanto, as decisões que afetam um país inteiro seguem sendo tomadas sem a participação de sequer uma mulher. De acordo com levantamento da ONU, entre 191 países, o Brasil ocupa o 140º lugar no ranking de países com maior representação feminina no Legislativo. 

Ainda de acordo com a ONU, o Congresso brasileiro possui atualmente 15% das cadeiras ocupadas por mulheres na Câmara e 14% no Senado.

“O que se percebe com isso é que os espaços em que são decididas as políticas públicas de mobilidade, onde se dá a gestão da mobilidade na nossa cidade, são ocupados predominantemente por homens. Eles ainda decidem por nós. Isso precisa mudar”

– Meli Malatesta, Consultora e Professora em Mobilidade Ativa, para o WRI Cidades.

O Instituto Alziras mapeou o Perfil das Prefeitas no Brasil (2017-2020) e aponta que, dos 309 municípios brasileiros que têm acima de 100 mil habitantes, somente 21 são governados por mulheres, ou seja, apenas 7% do Brasil.

Além disso, a pesquisa demonstrou que 55% das prefeitas eleitas têm seu secretariado composto por mais de 40% de mulheres. Isso impacta positivamente no bem-estar da comunidade e enfatiza a igualdade de gênero nas políticas e práticas, de acordo com a Unesco.

Ao contrário do que acontece no Brasil, a Bolívia se encontra na 2ª posição do ranking da ONU. Como dois países da América Latina com situações socioeconômicas próximas possuem tanta diferença no tema de igualdade de gênero na esfera política?

Isso se explica pois o desenho institucional da política boliviana é bem mais complexo e detalhado do que o do Brasil. As regras para garantir a igualdade e paridade são precisas e a existência de alternância impede que as elites partidárias manejem a ordem de candidatos na lista, o que antes favorecia candidaturas masculinas, deixando as candidatas nas últimas posições, sem chances de eleição.

Outros exemplos mundo afora são as cidades como Paris, Bogotá e Barcelona. A presença de mulheres na gestão dessas cidades apresentou e tem apresentado impactos positivos na mobilidade urbana desses municípios, vejamos.

Mobilidade ativa impulsionada por prefeita em Paris

Anne Hidalgo é prefeita de Paris desde 2014, sendo a primeira mulher a administrar a capital francesa na história do país. Com plano de mobilidade incisivo, seu projeto visa reduzir a poluição, priorizar espaços para pedestres e a mobilidade sustentável e moldar uma cidade mais verde, segura e saudável.

A prefeita propõe a criação de uma “cidade de 15 minutos“, referência ao tempo para ir ao destino desejado, a pé ou de bicicleta. A ideia caminha para a transformação em cidades inteligentes, ampliando a conexão, segurança e sustentabilidade dos bairros. Hidalgo defende que os “15 minutos” também servem para evitar a lotação do transporte público, muito importante em momento de pandemia.

As cidades de 15 minutos ilustrada por Marcos Muller. Fonte: Estadão.

No 1º mandato, a prefeita instalou 1.000 km de ciclovias e a meta agora é ter mais 400 km na cidade. Em 2007, também assinou a criação do sistema de empréstimo de bicicletas reproduzido pelo mundo, inclusive em São Paulo. Reeleita em março deste ano, já anunciou uma bolsa de 55 euros (R$ 336) para quem vai de bicicleta ao trabalho.

Outros projetos também envolvem a pedestrianização na margem do rio Sena (mais espaço aos pedestres e bicicletas), limite de velocidade padrão na área central da cidade (no máximo 30 km/h), proibição de veículos poluentes, entre outros.

Aumento de ciclovia e ônibus elétricos em Bogotá

Claudia López é a primeira mulher lésbica eleita como prefeita de Bogotá, sendo destaque da luta contra a corrupção e preconceito na Colômbia. Seus projetos visam tornar a cidade mais gentil, inclusiva e sustentável.

“Ser mulher não é um defeito, ser uma mulher de caráter, firme (…) não é um defeito. Ser gay não é um defeito, ser filha de uma família humilde não é um defeito”

– Claudia López em entrevista à AFP (Agence France-Presse).

No início da pandemia, López apontou três grandes problemas na cidade e já propôs melhorias para mobilidade e segurança. A “ameaça tripla” que diz envolve a má qualidade do ar, doenças respiratórias sazonais e o novo coronavírus.

Com isso, a prefeita anunciou uma medida emergencial para acrescentar mais 76 km de ciclovias aos 550 km já existentes na capital. A prefeita pretende, a partir desta ação, diminuir as aglomerações no transporte público, contribuir com o uso da bicicleta como meios de transporte e redução de carros nas vias. 

Ciclovias temporárias em Bogotá. Fonte: Movilidad Bogotá.

Junto com essa ação, López prevê a adoção de 483 ônibus elétricos até o final de 2020 contribuindo para redução dos níveis de poluição na capital. E, no “Dia Mundial Sem Carro e Sem Moto”, mais de 1,8 milhões de veículos particulares e 469 mil motocicletas deixaram de circular na cidade.

Desincentivo ao uso de carros e a construção de Super Ilhas em Barcelona

Ada Colau foi a primeira prefeita eleita em Barcelona. Atuando desde 2015, apresenta discursos feministas e busca o caminho do diálogo com outros regedores. A prefeita reivindicou que “as mulheres chegaram para mandar e ocupar todos os espaços de poder”.

Ada Colau reeleita prefeita de Barcelona. Fonte: Aqui Catalunha.

O programa de governo possui ampla participação popular, sobretudo das associações de bairro e de representantes de movimentos sociais (imigrantes, LGBTs, feministas, entre outros). Na pauta se encontram políticas de mobilidade urbana, habitação e ecologia da cidade.

“O que estamos tentando implementar é o urbanismo da vida cotidiana, o urbanismo de gênero, nas políticas de transformação do futuro da cidade.”

– Janet Sanz, vice-prefeita de Ecologia, Urbanismo e Mobilidade, para El País.

A prefeita já instalou um protótipo de Super Ilhas, ou seja, ruas peatonais, projetadas para pedestres e não para carros. As ilhas serão construídas em grandes blocos de nove quadras e reforça a importância de desincentivar o uso de automóveis particulares.

Colau também anunciou, em janeiro de 2020, um plano local de emergência climática com 103 ações. O plano inclui mais restrições aos carros particulares, aumento da frota de transporte público elétrico, ampliação da rede cicloviária e da área exclusiva para pedestres, novos parques e “eixos verdes”.

O projeto ainda contém a desativação da ponte aérea Madri-Barcelona e sua substituição por um trem elétrico de alta velocidade. Para desenvolver as propostas, a prefeitura vai investir 563 milhões de euros (cerca de R$ 2,6 bilhões), além de contar com o apoio do governo espanhol para a implantação do trem rápido.

Outro projeto divulgado recente é o Plano de Mobilidade Urbana (PMU). O objetivo geral é a redução de 25% das viagens em automóvel particular. Com o PMU, o resultado esperado é que 82% das viagens estejam incluídas na mobilidade sustentável (o que hoje representa 74%) e apenas 18% de carro (hoje com 26%).

A proposta do PMU se soma às medidas da Zona de Baixas Emissões e da Declaração de Emergência Climática, proposta no início de 2020. Outras ações mais drásticas estão sendo estudadas, como implementação de pedágio de acesso à cidade, assim como a proposta de Porto Alegre/RS.

Todos os exemplos acima reforçam ainda mais a necessidade de mulheres em posições de liderança. Políticas públicas sob a ótica feminina tendem a favorecer investimentos em saúde, educação e bem-estar social. No entanto, em grande parte dos países, o domínio contínuo dos homens em cargos de tomada de decisão limita a voz das mulheres e impacta diretamente na capacidade de influenciar a formulação de ações de desenvolvimento sustentável e igualitário de cidades, estados e países.

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Isso é obrigatório.
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Concorrentes da Uber, eletromobilidade e inovações em 2020 – Não durma no ponto!

As principais notícias da última semana em uma leitura rápida e informativa. Comece a semana conectado no mundo. Não durma no ponto!

2020 pode ser a década da virada

Essa segunda vamos começar com os desafios do modelo Uber. Abaixo estão os primeiros textos, mas esse aqui, você vai ficar de boca aberta.

Já se sabe que os carros autônomos são uma realidade não tão distante. Como continuar com a economia compartilhada se os carros serão autônomos?

Lembrando que a Uber e similares possuem motoristas para pagar, essa concorrência fica ainda mais acirrada.

Assim, muitas empresas, inclusive brasileiras como Embraer, estão investindo em inovações e soluções para a mobilidade urbana e 2020 promete ser o ano das mudanças. Saiba mais.

Falando de mobilidade…

A procura por veículos elétricos tem aumentado e a relação entre mobilidade e sustentabilidade é o foco principal nessa discussão.

Dirigentes públicos e empresariais buscam desenvolver o Plano Nacional de Eletromobilidade e, em algumas cidades, os ônibus elétricos já fazem parte da legislação para contribuírem na redução de emissões de CO2.

Em um mundo que tem buscado cada vez mais melhorar a qualidade de vida, gestores e operadores do transporte devem começar a desenvolver modais ativos e também sustentáveis. Esse será o novo normal.

Porém, para desenvolver novas tecnologias, é necessário ouvir o público!

Pesquisas no Brasil traçam os motivos e as dificuldades das pessoas que utilizam o transporte coletivo durante a pandemia e apontam melhorias a serem realizadas.

Com isso, dados de Recife são de se assustar. A preocupação com o distanciamento social foi uma das atitudes de menor adesão quanto aos cuidados durante o percurso realizado pelas pessoas entrevistadas.

Já um outro estudo realizado em DF, apontou um perfil de quem utiliza o transporte público durante a pandemia, podendo ser utilizado para traçar metas para melhoria. 

O levantamento mostrou que a maior parte das pessoas utilizam o transporte público 5 vezes ou mais na semana, 2x ao dia, sendo as principais finalidades de uso para trabalhar e/ou estudar nos horários de pico, ou seja, das 5h às 8h e das 17h às 20h.

Já dá pra ter uma noção do que fazer.

E o Distrito Federal não espera.

Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB/DF), um novo edital de mobilidade ativa será lançado no DF ainda este mês

O edital apresenta algumas mudanças no que se refere às empresas operantes e busca incentivar a mobilidade ativa na sociedade. 

O edital abre processo de licitação para gestão de bicicletas compartilhadas na cidade. Essa iniciativa faz parte de um conjunto de ações para melhoria e integração dos modais de transporte.

E mais: O “home office” como alternativa para redução de lotação no transporte público

Nesta  terça-feira, 15 de setembro de 2020, o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, instituiu o regime permanente de teletrabalho para funcionários públicos. A adesão é facultativa e secretários e subprefeitos terão 90 dias para apresentar os novos planos.

A medida vem como justificativa para redução do trânsito e poluição; menor pressão sobre os sistemas de transportes, em especial ônibus, trens e metrôs; e redução de despesas de custeio.

Será que quem descobriu o home office fará de tudo para tê-lo depois da crise?

Pensa aí e depois me diz.

Bom, este é o ponto final.

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A atratividade do transporte público coletivo & mais – Não durma no ponto!

O painel de notícias dos principais pontos da mobilidade urbana e transportes discutidos na última semana. Uma leitura rápida e informativa.

Foto: Mariana Gil/WRI Brasil Cidades Sustentáveis.

Como deixar o sistema de transporte público mais atrativo?

Essa é uma questão que muitos órgãos do setor de transportes – privados e públicos – desejam responder para sair da montanha movediça que o sistema enfrenta.

A Prefeitura de Porto Alegre decidiu então elaborar um projeto ousado – porém necessário – a fim de desestimular o uso de carros para que as pessoas utilizem mais o transporte coletivo na cidade.

O projeto prevê a implementação de um pedágio no Centro Histórico de PoA com uma taxa de R$4,70 para veículos particulares.

O valor, segundo cálculos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), pode reduzir até R$ 1,60 na passagem de ônibus. Seria um sonho!

No entanto, a medida não é bem vista pelos vereadores da cidade e sofre resistência.

Mas afinal, as cidades são para as pessoas ou para os carros?

Um sistema que tem encantado urbanistas, arquitetos e gestores mundo afora – e aposto que vai encantar você também – são as cidades de 15 minutos.

A ideia é devolver ruas para as pessoas a partir de bairros projetados com serviços básicos próximos aos habitantes. Isso caminha cada vez mais para construção de cidades inteligentes.

Bairros projetados caminham para a construção de cidades inteligentes.

As pessoas precisam se movimentar e, com espaço priorizando carros, as cidades são menos integradas e com menos acessibilidade. 

Com isso, será que o carro vai deixar de ser o principal meio de locomoção? Dá uma olhadinha nessa matéria aqui e me responde depois.

Salvando o transporte público: uma luz no fim do túnel

Uma estratégia de recuperação econômica do transporte público elaborada pelo Banco de Desenvolvimento Asiático prevê três etapas durante e após a pandemia.

No Brasil, as cidades ainda estão se adaptando à fase um, mas algumas empresas já pensam no que podemos considerar durante as fases 2 e 3. 

Testes com pilotos de bilhetagem digital, editais de inovação, propostas de financiamento e serviços de transporte adicionais com soluções online, como chatbots, promovem o transporte público, auxiliam na transformação digital dos processos e dão mais autonomia à gestores do sistema.

Espero que nossa cidade não fique fora dessa.

O auxílio ao transporte público saiu! Mas esse não precisa pegar fila em banco

A Câmara dos Deputados aprovou a proposta que prevê o repasse de R$ 4 bilhões da União aos municípios com mais de 200 mil habitantes e aos estados e Distrito Federal para garantir o serviço de transporte público coletivo de passageiros em meio a pandemia de Covid-19. 

A proposta segue para o Senado e prevê alguns critérios entre as partes envolvidas. Saiba mais.

E mais: Censo IBGE 2020 é adiado e pode impactar em projetos de mobilidade urbana

O Censo Demográfico é uma pesquisa normalmente realizada de 10 em 10 anos que recolhe informações tais como o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde vivem, como vivem e outras questões. 

O último censo foi realizado em 2010, esse ano teríamos outro censo. No entanto, devido ao quadro de emergência causado pelo Covid-19, o IBGE decidiu adiar o Censo 2020 para 2021.

Adiamento do Censo IBGE 2020 pode comprometer planejamento de mobilidade urbana nas cidades brasileiras. Foto: Arivaldo Silva.

Essa mudança pode comprometer a capacidade de planejamento das cidades brasileiras, principalmente aquelas que utilizam o levantamento do IBGE como único meio de obtenção de dados.

Isso se deve ao fato do questionário ter aumentado perguntas relacionadas ao deslocamento das pessoas entrevistadas. Logo, os sistemas de mobilidade urbana de milhares de municípios perdem no quesito de construção de políticas públicas baseadas em dados.

Como saber o deslocamento dos cidadãos sem pesquisa? Como planejar a mobilidade urbana da cidade sem uma base de dados?

Pois é, fica difícil.

Eita, já chegamos no ponto final.

Te vejo semana que vem. No mesmo lugar, na mesma hora. Não se atrase!

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As cidades de 15 minutos

A ideia de “centros” nos bairros e edifícios com funções múltiplas promete facilitar a vida das pessoas

Já pensou em viver numa cidade em que tudo fica a 15 minutos de distância a pé? Os serviços essenciais, os principais eixos de transporte coletivo, os parques, as opções de entretenimento, o comércio, os escritórios…

Isso não é sonho e faz parte do conceito criado pelo cientista franco-colombiano Carlos Moreno. No sistema que desenvolveu, e que tem encantado urbanistas, arquitetos e gestores mundo afora, os moradores têm acesso a tudo o que precisam a apenas 15 minutos de caminhada. 

Para Moreno, especialista em “cidades inteligentes” e cientista da Universidade Paris 1 Panthéon Sorbonne, as áreas urbanas podem ser redesenhadas para que os serviços básicos estejam próximos dos habitantes. Assim, em vez da cidade com uma única região central, a urbanização deve ser feita com “centros” nos variados bairros, que contam com serviços de saúde, de educação, comerciais, industriais e administrativos. Ele aposta em edifícios com funções múltiplas, com moradias, escritórios e comércio. Isso reduz bastante o tempo de deslocamento e facilita a vida das pessoas.

“Fruto das minhas pesquisas, a cidade de 15 minutos traz qualidade de vida, algo que não existe nas metrópoles onde as pessoas gastam seu precioso tempo em longos trajetos”, afirma o cientista.

“Queremos fazer das ruas não um lugar para carros, mas um espaço para pessoas. Que caminham, pedalam e vivem”.

cientista Carlos Moreno.

Além de favorecer a saúde, essa transformação melhora o meio ambiente, pois tira os carros das ruas. Afinal, tudo pode ser feito a pé ou de bicicleta no próprio bairro, evitando deslocamentos desnecessários. 

Se aqui no Brasil essa ideia parece utópica, lá fora já é uma realidade. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que foi reeleita no final de junho, adotou com tudo a tese de Moreno, buscando uma capital mais inclusiva e saudável.

Na cidade em que 54% das viagens são feitas a pé, a prefeita lutou para ampliar as calçadas e aumentar a rede cicloviária – que hoje conta com 1.000 km e permite atravessar a cidade –, facilitou o acesso a bicicletas elétricas e está reduzindo 72% das vagas de carros para dar mais espaço para ciclistas e pedestres.

Anne Hidalgo, prefeita de Paris, adotou a tese de Moreno e ampliou calçadas e rede cicloviária da cidade.

Para Carlos Moreno, seis pontos são indispensáveis para viver bem nas metrópoles do século 21. São eles:

  1. Morar com dignidade;
  2. Trabalhar em boas condições;
  3. Ter acesso à saúde;
  4. Acesso à educação;
  5. Acesso à diversão; e
  6. Acesso aos produtos necessários para viver.

E essa qualidade de vida acontece quando se reduz a distância para alcançar esses parâmetros. Algo que ainda é muito distante da realidade brasileira, mas que deve ser considerado e trabalhado o quanto antes, para que as próximas gerações vivam melhor e com mais saúde.

Publicado originalmente em Pro Coletivo.

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Isso é obrigatório.
Isso é obrigatório.

4 chatbots em português para você ficar por dentro do assunto

Por meio de conversas em redes sociais é possível recarregar celular e fazer política.

Provavelmente você já entrou em contato com algum deles por aí. Os chatbots estão se popularizando, principalmente por serem uma alternativa prática e barata para melhorar a experiência em atendimentos. Para ficar por dentro do que anda rolando no assunto aqui no Brasil selecionamos 4 chatbots em português super interessantes.

O que você verá neste artigo:

  • O que é um chatbot
  • Para o quê serve um chatbot
  • Chatbots em português para se inspirar

O que são chatbots?

Chatbots são robôs de conversa, ou seja, não imaginem um robô andando pra lá e pra cá como nos filmes. Esses robôs se apresentam para nós em conversas via chat, em um site ou rede social, por exemplo, e simulam a linguagem humana para parecerem o mais natural possível.

O filme Her é, possivelmente, a produção hollywoodiana mais interessante para explicar os chatbots, apesar de não serem ainda tão apaixonantes.

O primeiro chatbot foi a ELIZA, desenvolvido pelo professor do MIT Joseph Weizenbaum entre os anos 1964 e 1966. A ELIZA simulava a conversa de pacientes com seu psicólogo e, à época, os pesquisadores ficaram espantados com o resultado, imaginando que ela poderia ajudar em tratamentos psicológicos.

Como é possível ver nesse vídeo, a ELIZA usava o que era escrito para ela em suas respostas. Assim, suas interações ficavam próximas as perguntas de um psicólogo, que usa o que lhe foi dito para formular questões.

Porém, os chatbots de hoje são muito mais independentes e inteligentes, pois muitos usam o Deep Learning e a Inteligência Artificial. Essas tecnologias os tornam capazes de aprenderem com suas interações e se mostrarem mais precisos e interessantes. Ou quase isso…

Um caso emblemático é a TAY, robô criada pela Microsoft no Twitter, que tinha a intenção de interagir com jovens millenials.

Em poucas horas no ar, a TAY, com sua inteligência artificial, assimilou e reproduziu diversos discursos racistas e xenofóbicos. Por fim, chegou a afirmar que as piores “raças” eram negros e mexicanos. Apenas 24h após o seu lançamento, a Microsoft tirou a robô do ar.

O que os robôs aprendem com nós humanos é uma questão ética que vem tomando conta do debate. Mas quando o assunto são suas aplicações no nosso cotidiano, o papo é mais leve e prático.

Onde os chatbots estão hoje?

Os exemplos que vêm a mente primeiro são os assistentes dos principais sistemas operacionais, como a Cortana (Windows), Now (Google) e Siri (iOS). Esses robôs, inclusive, são em grande parte responsáveis pela popularização dos chatbots, pois acostumaram o usuário nessas interações com máquinas.

Mas os chats estão entrando também nas redes sociais. O primeiro liberar a função para desenvolvedores foi o Facebook, em sua plataforma de conversas Messenger.

Se inspire com esses 4 chatbots brasileiros:

Amigo Anônimo

Desenvolvido para a Alcoólatras Anônimos (AA), o chatbot Amigo Anônimo dá dicas sobre como lidar com amigos ou parentes dependentes, estimula o usuário que está em problemas a procurar ajuda e até dispõe o endereço do grupo de apoio mais próximo.

Poupinha

Pelo Poupinha, chatbot do Poupatempo, é possível agendar horários para atendimentos em serviços de RG, CNH, veículos, antecedentes criminais, carteira de trabalho e outros, tudo pelo chat da página no Facebook.

Bipay

Na cidade de São Paulo já dá para recarregar o Bilhete Único pelo chat do Facebook com o assistente Bipay. Com número do Bilhete, documentos e cartão de crédito em mãos é possível fazer a recarga.

Além disso, o chatbot também é funcional para usuários fora da capital paulista, pois faz a recarga do celular nas principais operadoras! Nesse link você tira as principais dúvidas sobre compras pelo Bipay, inclusive sobre segurança dos seus dados.

Climatempo

Com o chatbot do Climatempo você nunca mais vai errar o look e sair despreparado (a) em dias frios ou gastar tempo procurando a informações na web. Basta mandar um oi e digitar a cidade para qual está procurando a previsão do tempo. É possível ainda programar para receber mensagens – diariamente ou só no final de semana, por exemplo – e sempre ter em mãos as informações sobre o tempo no seu local.

Beta, a robô feminista

Ao aceitar receber mensagens da Beta o usuário fica por dentro de pautas relacionadas às mulheres que estão em discussão no congresso. A robô pode ainda enviar e-mails em seu nome para fazer pressão nos parlamentares. O objetivo é aprovar medidas ou refutar retrocessos nos direitos das mulheres.

Outras plataformas abriram espaço para que chatbots sejam desenvolvidos, como o Skype e Telegram. Entretanto, muito em breve o Whatsapp deve oferecer também. A plataforma já permite a interação de marcas com seus usuários.

Por fim, agora que você está por dentro dos chatbots vai saber usá-los a seu favor, certo?

Compartilhe com seus amigos esse artigo e ajude esses robozinhos a se tornarem populares!

 
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