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Apps de viagem deverão pagar taxa pelo uso das vias no Rio de Janeiro

Prefeitura destinará o valor à melhorias na mobilidade, e pede que não seja repassado aos clientes, no entanto, empresas afirmam o contrário

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do partido Democratas, editou um decreto que obriga empresas de aplicativos de viagem a destinar 1,5% sobre o faturamento das viagens realizadas à Prefeitura. Além disso, o novo texto compreende a criação do Comitê para Estudos e Regulamentação Viária de Aplicativos (Cerva) que regulamentará as taxas, preços e requisitos para credenciamento, além de multas em caso de descumprimento de regras.

A taxação proposta pelo prefeito diz respeito ao uso de vias públicas e entrará em vigência dentro de 30 dias. O pagamento da taxa deverá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Municipais (DARM) e o não pagamento implicará em penalidades que serão definidas pela Secretaria de Transportes do Rio.

“O valor será pago pelas empresas e não pelos motoristas. A arrecadação pelo serviço é devida para a cidade, necessária para manutenção das vias públicas e a segurança de todos, do prestador de serviço ao usuário. Atualmente, a cidade do Rio não recebe nada”

de acordo com o Secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo, em nota divulgada pela prefeitura.

Anteriormente, a medida já havia sido proposta pelo ex-prefeito Crivella, em seguida, foi suspensa pelo Tribunal de Justiça. Todavia, o objetivo é destinar os recursos ao Fundo Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável para manutenção de vias públicas e fiscalização das normas para o transporte por aplicativos ou plataformas.

Embora a Prefeitura espera que o percentual não seja descontado dos motoristas e nem repassado aos passageiros, a 99 afirma: “A inclusão de novas tarifas e restrições sobre a atividade encarece o serviço para a população, que busca um transporte seguro.”Em nota, a Uber também se manifestou em relação ao decreto e questionou a cobrança da taxa apontando que veículos de carga “ possuem um maior impacto no desgaste do pavimento”.

A medida, que é consenso entre especialistas, já foi proposta em outros municípios e é bem aplicada na Grande São Paulo, onde é cobrado uma taxa progressiva de acordo com a quilometragem percorrida por hora, chegando a R$0,36/km, chegando a arrecadar R$215 milhões em 2019. Além disso, no Distrito Federal, as empresas pagam 1% do valor arrecadado à Prefeitura e, em 2018, o montante foi de R$269 milhões

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Como a ONBOARD já havia previsto, o êxodo das gestoras de bilhetagem começou

Prevista como uma das tendências para a mobilidade em 2021, o êxodo das gestoras de bilhetagem se inicia no Rio de Janeiro a partir da gestão de Eduardo Paes

Como previsto nas tendências para a mobilidade urbana em 2021, a cidade do Rio de Janeiro é uma das primeiras a apresentarem o êxodo das gestoras de bilhetagem. Na última quarta-feira, dia 03 de março de 2021, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou que serão retirados da concessão o sistema de Bilhetagem Eletrônica e o BRT. Segundo ele, “Ambos serão objetos de futura licitação a ser feita pela Prefeitura”.

Essa medida provém, dentre outros motivos, da necessidade de sobrevivência do setor nesse momento. Após a queda de passageiros e o enorme prejuízo registrado no transporte do Brasil, os envolvidos buscarão o reequilíbrio de seus contratos para se manterem equilibrados financeiramente e oferecendo um serviço de qualidade à população.

Além disso, de acordo com Paes em entrevista coletiva, existem diversos problemas que ocorrem hoje no sistema de transporte público da cidade, como por exemplo o desaparecimento de algumas linhas de transporte, falta de ônibus e de transparência no sistema, além da degradação e desativação de algumas estações do BRT. Segundo ele, isso culminou na queda de qualidade na prestação do serviço à população, além ainda da dificuldade de auditoria de informações provenientes do sistema.

“Botar o BRT para funcionar será a minha olimpíada neste mandato. “

segundo o prefeito Eduardo Paes.

Para isso, a Prefeitura do município enviou à Câmara dos Vereadores um projeto de lei que permite ao poder público delegar a operação da bilhetagem eletrônica do transporte público da cidade. Dessa forma, houve um acordo entre Prefeitura e concessionárias que, segundo Paes, foi amistoso, não havendo necessidade de intervenção da justiça.

A previsão é que a Prefeitura assuma as atividades dentro de quatro semanas, porém os resultados devem aparecer no médio a longo prazo. Ainda, para os dias que seguem, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) realizará pesquisas de campo para dimensionamento do planejamento operacional a ser seguido no BRT, além de já estarem implementando ferramentas de controle que permitam o monitoramento das viagens em tempo real.

Para ficar por dentro das reais e atuais tendências para a mobilidade urbana do Brasil em 2021 leia nosso estudo, assine nossa newsletter e venha falar com a gente.

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