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Bilhete Único Vale-Transporte volta a custar mais caro

Em decisão provisória Vale-Transporte volta a custar R$ 4,57

O Supremo Tribunal de Justiça permitiu que a Prefeitura de São Paulo cobre mais caro no Vale-Transporte em relação ao Bilhete Único Comum e que diminua o número de embarques do bilhete destinado aos trabalhadores. A decisão derruba liminares anteriores que igularam preço e quantidade de embarques entre Vale-Transporte e Bilhete Comum.

A decisão é privisória, atende a pedido da Prefeitura e vale até que o Tribunal de Justiça de São Paulo julgue as ações que contestam as mudanças da gestão de Bruno Covas (PSDB) nas regras do Vale-Transporte.

Entenda o caso:

Em decreto de março a Prefeitura de São Paulo encareceu o Vale-Transporte em relação ao Bilhete Único Comum, o primeiro chegando ao valor de R$ 4,57, enquanto os créditos comuns foram estabelecidos em R$ 4,30. Além disso, diminuiu a quantidade de embarques possível para até dois, ao contrário dos quatro embarques anteriores.

A decisão foi muito criticada e vista como punitivista para pessoas mais pobres e moradoras de regiões periféricas, que preciam pegar mais conduções até seu trabalho/escola. A prefeitura alega que as empresas é quem devem arcar mais com os deslocamentos de seus funcionários, uma vez que o poder público em São Paulo já subsidia com milhões o transporte público e o setor privado se beneficia diretamente das redes de transporte coletivo do município.

O argumento não foi o suficiente para impedir ação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que conseguiu na Justiça de São Paulo a suspensão das últimas medidas em relação ao Vale-Transporte do Bilhete Único. Em 10 de junho o número de embarques e o valor voltaram a corresponder ao Bilhete Único Comum, como noticiado pelo Agora é Simples.

Porém, após decisão preliminar do STJ, a Prefeitura pôde voltar a cobrar mais caro e diminuir os embarque do Vale-Transporte. A novela ainda não terminou.

Vai e vem nos direitos ao Bilhete Único; entenda

Vale-Transporte e Bilhete especial para agentes da segurança pública são notícia na semana

A Prefeitura de São Paulo começou ontem, 10, a permitir novamente o embarque em até 4 viagens durante 3 horas para usuários do Vale-Transporte e a volta ao preço padrão de R$ 4,30. Desde março que nessa modalidade são permitidas apenas 2 embarques em até 3 horas e as viagens custam mais caro, R$ 4,57.

A mudança acarretou uma Ação Pública do Instituto de Defesa do Consumidor que alega ser discriminatória e prejudicial aos mais pobres a nova regra. A Prefeitura, por sua vez, diz que não deve continuar com um subsídio que, na prática, deveria ser das empresas.

Em nota a Prefeitura diz que a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo “representa um gasto adicional de R$ 650 milhões por ano para subsidiar, com dinheiro da população de São Paulo, uma obrigação que cabe às empresas”.

Apesar do discurso jogando para o setor privado, desde março o que se notou foram pessoas mudando os trajetos tradicionais, enfrentando inclusive mais horas no transporte, para se adequar ao novo limite de embarque.

Prefeitura veta Bilhete especial para agentes da segurança pública

O prefeito Bruno Covas vetou o projeto de lei que garantia gratuidade no transporte para policiais civis, militares e agentas da guarda civil metropolitana.

Esses agentes já podem andar gratuitamente desde que fardados e sem passar pela catraca. O projeto visava a criação de um Bilhete Único especial e o acesso mesmo sem farda.

Diante da eminente pressão das concessionária de transporte para mais subsídios da prefeitura para cobrir os gastos, Covas se viu obrigado a rejeitar a proposta. São Paulo já tem gastos com subsídios, que cobrem as gratuidades de idosos, estudantes e pessoas com deficiência, na casa dos 3 bilhões.