Demanda de ônibus no Brasil cai menos do que em outros países durante pandemia
Moovit disponibiliza relatório do impacto no setor de transporte do mundo
A pandemia de coronavírus gerou um impacto negativo no setor de transporte público. Os principais sistemas de transporte público no país registram perdas de 70 a 80% no número de passageiros e as empresas têm apresentando até 95% de perda de receita.
Para o acompanhamento deste impacto, desde março de 2020, o aplicativo de mobilidade urbana Moovit têm gerado um Relatório Geral do transporte público em todo o mundo. O relatório é composto através de dados anônimos de usuários do aplicativo.
Segundo o relatório, o Brasil apresentou uma queda na demanda de 51,5% no transporte público. No dia 19 de julho de 2020, Brasília registrou a menor queda do país (-36,7%), seguido por Fortaleza (-45,3%), Recife (-46,2%), Curitiba (-46,9%), Belo Horizonte (-47,7%), São Paulo (-48,4%), Rio de Janeiro (-50,2%), Salvador (-62,6%) e, a maior queda em Campinas (-64,4%)
Considerando cidades do mundo todo, as mais afetadas foram Madrid, na Espanha, e Roma e Torino, na Itália, com uma queda na demanda de cerca de 90% no transporte público. Por toda a Europa, a preferência pelo trabalho remoto, educação à distância, telemedicina, vendas pela Internet e delivery impactaram a locomoção dos cidadãos europeus. Contudo, de acordo com a Valor, setores como o de transporte público podem levar anos para se restabelecer.
Marco Lissere, médico infectologista, relata a preocupação das pessoas em relação ao alto risco de contágio em ônibus devido a falta de distanciamento. “É difícil ter segurança em um ambiente onde não há distanciamento, por isso acredito que as pessoas tenham medo e fiquem receosas”, disse o médico para Tribuna de Petrópolis.
A preocupação e o receio das pessoas ao utilizarem o serviço de transporte público aumenta a cada dia. De acordo com análise no Google Trends, a busca por “covid no onibus” têm aumentado desde fevereiro de 2020.
Ademais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização de máscara e álcool em gel nas mãos para quem precisa usar o transporte público, e a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) orienta as empresas que reforcem a higienização dos ônibus, permaneçam atentos à disponibilidade de água e sabão nos sanitários e disponibilizem álcool gel em locais de atendimento.
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