Aumento no uso do transporte público ainda não atinge média pré-pandemia
Relatório Geral do uso do transporte público do Moovit aponta dados interessantes sobre o número de passageiros nas principais cidades do Brasil e do mundo
A queda no número de passageiros durante o ano de 2020 bateu recorde de perdas em torno de 70 a 80% do total, o que gerou às empresas uma queda de até 95% de receita. Além disso, a preocupação com a segurança sobre o contágio do vírus intensificou a queda notoriamente.
Para o acompanhamento deste impacto, o aplicativo de mobilidade urbana Moovit têm gerado um Relatório Geral do uso do transporte público em todo o mundo. O relatório é composto por dados anônimos de usuários do aplicativo e reúne uma análise temporal, até o momento, de janeiro a novembro de 2020.
A partir da análise, é possível perceber que as maiores quedas ocorreram nas cidades de Israel e da Europa, atingindo 90% de perda no transporte público. Enquanto no Brasil, a maior queda foi de 79% em 14 de abril de 2020.
Conforme o gerente geral do Moovit no Brasil, Pedro Palhares, a queda acentuada a partir do aparecimento dos primeiros casos de Covid-19 nas capitais se deve às medidas tomadas para garantir o distanciamento social e combate ao coronavírus. Com o fim das medidas rígidas e o retorno gradual do comércio, Pedro aponta uma volta na utilização do transporte público.
Dentre as 10 cidades brasileiras analisadas pelo Moovit, houve um aumento gradual no uso do transporte, o que vai ao encontro da fala do gerente geral do Moovit no Brasil.
Até o dia 29 de novembro de 2020, última análise disponibilizada até o momento desta publicação, somente Brasília já atingia número superior à média de janeiro (0,1%). São Paulo, a maior cidade do país e com o sistema de transportes mais complexo, ainda conta com perdas na casa dos 20% no número de passageiros.
A expectativa agora é sobre quais medidas governos e empresas tomarão para retomar a competitividade do transporte público no pós-pandemia, para que a queda da média de passageiros não se perpetue. Bicicletas, andar a pé e até uma retomada no uso dos carros, que estava em queda até então, principalmente entre as gerações mais novas, têm ganhado força na mobilidade urbana durante a pandemia.
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