O Plano Nacional de Eletromobilidade

Aumento na procura por veículos elétricos e os planos de dirigentes públicos e empresarias relacionados à eletromobilidade e sustentabilidade ambiental

ônibus elétrico

A ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) divulgou recentemente seus dados de vendas de veículos elétricos (carros, ônibus e modais da micromobilidade) e os resultados são animadores: no mês de junho eles retomaram o ritmo do final de 2019, aumentando em 86% em relação ao mesmo mês, no ano passado.

Com nova diretoria, a associação pretende lançar as bases de um Plano Nacional de Eletromobilidade, com ações junto ao poder público e diálogos com as empresas e a sociedade. Segundo Alexandre Polesi, da ABVE, a mudança de gestão tem especial significado, pois ocorre num momento de crescimento das vendas. 

O novo presidente da ABVE é Adalberto Maluf, diretor da BYD e um dos mais respeitados ativistas da eletromobilidade e sustentabilidade ambiental do Brasil. Entre as frentes da associação, constam a participação intensa na Plataforma Nacional da Mobilidade Elétrica (PNME), formada por técnicos do Ministério da Economia, BNDES, ABDI, dirigentes públicos e dirigentes empresariais, sob coordenação do GIZ (agência de desenvolvimento econômico do governo alemão), para lançar as bases de um Plano Nacional de Eletromobilidade.

Há também a criação de uma nova área de mobilidade urbana, com propostas de integração entre todos os modais de transporte nas grandes cidades, em bases sustentáveis, grupo coordenado pelo urbanista Flamínio Fichmann. E um acordo com o Instituto de Engenharia de São Paulo para produzir, em conjunto, eventos, lives e conteúdo inédito sobre mobilidade elétrica.

No caso dos ônibus elétricos, em operação no Brasil há alguns anos, uma empresa de destaque é a Eletra, pioneira no desenvolvimento de tecnologia de tração elétrica no país. Ela lançou no final de 2019 o DualBus, o primeiro ônibus elétrico híbrido com tecnologia brasileira. O ônibus é alimentado por duas fontes de energia – um banco de baterias e um grupo motor-gerador a biocombustível.

São realizações importantes, especialmente nesse cenário pós-Covid-19, em que o mundo se organiza para melhorar a qualidade de vida nas cidades, desenvolvendo modais ativos e também sustentáveis. 

Em São Paulo, a Lei Municipal nº 16.802, de 2018, estabeleceu que os veículos de transporte público devem reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 50% no prazo de 10 anos, e 100% em 20 anos.

Publicado originalmente em Pro Coletivo.

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Pro Coletivo

Artigo assinado pelo Pro Coletivo, blog parceiro de conteúdo, especializado em assuntos da multimodalidade.

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