Vale-Transporte e Bilhete especial para agentes da segurança pública são notícia na semana
A Prefeitura de São Paulo começou ontem, 10, a permitir novamente o embarque em até 4 viagens durante 3 horas para usuários do Vale-Transporte e a volta ao preço padrão de R$ 4,30. Desde março que nessa modalidade são permitidas apenas 2 embarques em até 3 horas e as viagens custam mais caro, R$ 4,57.
A mudança acarretou uma Ação Pública do Instituto de Defesa do Consumidor que alega ser discriminatória e prejudicial aos mais pobres a nova regra. A Prefeitura, por sua vez, diz que não deve continuar com um subsídio que, na prática, deveria ser das empresas.
Em nota a Prefeitura diz que a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo “representa um gasto adicional de R$ 650 milhões por ano para subsidiar, com dinheiro da população de São Paulo, uma obrigação que cabe às empresas”.
Apesar do discurso jogando para o setor privado, desde março o que se notou foram pessoas mudando os trajetos tradicionais, enfrentando inclusive mais horas no transporte, para se adequar ao novo limite de embarque.
Prefeitura veta Bilhete especial para agentes da segurança pública
O prefeito Bruno Covas vetou o projeto de lei que garantia gratuidade no transporte para policiais civis, militares e agentas da guarda civil metropolitana.
Esses agentes já podem andar gratuitamente desde que fardados e sem passar pela catraca. O projeto visava a criação de um Bilhete Único especial e o acesso mesmo sem farda.
Diante da eminente pressão das concessionária de transporte para mais subsídios da prefeitura para cobrir os gastos, Covas se viu obrigado a rejeitar a proposta. São Paulo já tem gastos com subsídios, que cobrem as gratuidades de idosos, estudantes e pessoas com deficiência, na casa dos 3 bilhões.