O painel de notícias dos principais pontos da mobilidade urbana e transportes discutidos na última semana. Uma leitura rápida e informativa.
Como deixar o sistema de transporte público mais atrativo?
Essa é uma questão que muitos órgãos do setor de transportes – privados e públicos – desejam responder para sair da montanha movediça que o sistema enfrenta.
A Prefeitura de Porto Alegre decidiu então elaborar um projeto ousado – porém necessário – a fim de desestimular o uso de carros para que as pessoas utilizem mais o transporte coletivo na cidade.
O projeto prevê a implementação de um pedágio no Centro Histórico de PoA com uma taxa de R$4,70 para veículos particulares.
O valor, segundo cálculos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), pode reduzir até R$ 1,60 na passagem de ônibus. Seria um sonho!
No entanto, a medida não é bem vista pelos vereadores da cidade e sofre resistência.
Mas afinal, as cidades são para as pessoas ou para os carros?
Um sistema que tem encantado urbanistas, arquitetos e gestores mundo afora – e aposto que vai encantar você também – são as cidades de 15 minutos.
A ideia é devolver ruas para as pessoas a partir de bairros projetados com serviços básicos próximos aos habitantes. Isso caminha cada vez mais para construção de cidades inteligentes.
As pessoas precisam se movimentar e, com espaço priorizando carros, as cidades são menos integradas e com menos acessibilidade.
Com isso, será que o carro vai deixar de ser o principal meio de locomoção? Dá uma olhadinha nessa matéria aqui e me responde depois.
Salvando o transporte público: uma luz no fim do túnel
Uma estratégia de recuperação econômica do transporte público elaborada pelo Banco de Desenvolvimento Asiático prevê três etapas durante e após a pandemia.
No Brasil, as cidades ainda estão se adaptando à fase um, mas algumas empresas já pensam no que podemos considerar durante as fases 2 e 3.
Testes com pilotos de bilhetagem digital, editais de inovação, propostas de financiamento e serviços de transporte adicionais com soluções online, como chatbots, promovem o transporte público, auxiliam na transformação digital dos processos e dão mais autonomia à gestores do sistema.
Espero que nossa cidade não fique fora dessa.
O auxílio ao transporte público saiu! Mas esse não precisa pegar fila em banco
A Câmara dos Deputados aprovou a proposta que prevê o repasse de R$ 4 bilhões da União aos municípios com mais de 200 mil habitantes e aos estados e Distrito Federal para garantir o serviço de transporte público coletivo de passageiros em meio a pandemia de Covid-19.
A proposta segue para o Senado e prevê alguns critérios entre as partes envolvidas. Saiba mais.
E mais: Censo IBGE 2020 é adiado e pode impactar em projetos de mobilidade urbana
O Censo Demográfico é uma pesquisa normalmente realizada de 10 em 10 anos que recolhe informações tais como o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde vivem, como vivem e outras questões.
O último censo foi realizado em 2010, esse ano teríamos outro censo. No entanto, devido ao quadro de emergência causado pelo Covid-19, o IBGE decidiu adiar o Censo 2020 para 2021.
Essa mudança pode comprometer a capacidade de planejamento das cidades brasileiras, principalmente aquelas que utilizam o levantamento do IBGE como único meio de obtenção de dados.
Isso se deve ao fato do questionário ter aumentado perguntas relacionadas ao deslocamento das pessoas entrevistadas. Logo, os sistemas de mobilidade urbana de milhares de municípios perdem no quesito de construção de políticas públicas baseadas em dados.
Como saber o deslocamento dos cidadãos sem pesquisa? Como planejar a mobilidade urbana da cidade sem uma base de dados?
Pois é, fica difícil.
Eita, já chegamos no ponto final.
Te vejo semana que vem. No mesmo lugar, na mesma hora. Não se atrase!
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