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Novo edital de mobilidade ativa será lançado no DF

O edital apresenta mudanças e busca incentivar a mobilidade ativa através da melhoria e integração dos modais

A Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB/DF) concluiu o novo edital de Chamamento Público para o Sistema de Mobilidade Ativa Compartilhada. A previsão é que o edital seja lançado na segunda quinzena de setembro.

O edital permite a operação de mais de uma empresa no Distrito Federal e prevê a expansão do serviço em outras regiões. As bicicletas compartilhadas poderão ser disponibilizadas, em estações fixas ou não, próximas a terminais rodoviários, metrô e BRT, bem como em áreas de grande movimentação, como escolas e hospitais.

“Queremos dar continuidade a um serviço sustentável de transporte e que facilita o deslocamento das pessoas.”

– Valter Casimiro, Secretário de Transporte e Mobilidade.

Valter explica ainda que a empresa que estava antes pediu a rescisão do contrato. O edital anterior tinha como exigência a cobrança máxima de R$10 reais por ano, fazendo com que a empresa não pudesse aumentar o valor da tarifa. Assim, os serviços foram interrompidos no ano passado.

A SEMOB informa que, no novo edital, as providências de implantação, operação e manutenção dos serviços não acarretarão qualquer ônus financeiro para o Governo do Distrito Federal. 

O prazo para início do serviço de bicicletas compartilhadas serão de 30 dias corridos após assinatura das propostas, que deverão conter informações sobre o tempo de utilização dos equipamentos e a tarifa a ser cobrada, definidas pelas empresas contratadas.

Como parte da melhoria da mobilidade ativa na cidade, a SEMOB vem colocando em prática ações de curto e médio prazo, buscando viabilizar o Programa Cicloviário de Brasília. O objetivo é integrar todos os outros modais e fornecer mais segurança à sociedade que utiliza os serviços.

Segundo dados dos modos de transporte mais usuais em Brasília/DF, os carros compreendem 43% do total, seguido pelo Sistema de Transporte Público Coletivo (41%), andar a pé (10%) e, por último, o uso de bicicletas, que compreende menos de 5%.

De acordo com a Pesquisa do Perfil do Ciclista no DF, em 2018, cerca de 41% das pessoas entrevistadas indicaram a infraestrutura como motivação para pedalar mais. Entretanto, outras 33% apresentaram o mesmo aspecto como um problema a ser enfrentado no dia a dia.

Logo, o novo edital está pautado nos princípios e diretrizes do Plano de Mobilidade Ativa no Distrito Federal (PMA/DF) que visa orientar e coordenar ações governamentais voltadas a Mobilidade a Pé e a Ciclomobilidade, melhorando o sistema e buscando a integração dos modais de transporte público. 

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Uber transfere a operação de patinetes para Lime

Apesar da redução de custos com a operação, Uber se inscreve para patrocinar ciclofaixas de lazer em São Paulo

Aproximadamente 60% das viagens por carro percorrem menos de oito quilômetros, abrindo espaço às propostas de deslocamento por transportes menores e não poluentes, reduzindo a necessidade do uso de carros e introduzindo a micromobilidade no século XXI. A introdução do compartilhamento de bicicletas elétricas é uma proposta da micromobilidade urbana e a Uber entrou no Brasil em 2018, expandido o segmento para aluguéis de patinetes compartilhadas. 

No entanto, devido às mudanças propostas para conter a disseminação da Covid-19, a Uber suspendeu a operação desses veículos. A empresa de transporte privado também foi afetada por meio da queda no número de viagens nos últimos meses. E, por meio disso, uma das propostas de contenção de gastos foi a transferência da divisão de bicicletas e patinetes compartilhados para a empresa Lime.

Como alternativa para reduzir custos no momento, esta transferência não é uma venda. A solução acatada apenas faz com que a Uber não se responsabilize mais pelo pagamento de funcionários da Jump. A Forbes anunciou que esse acordo envolve um investimento de US$ 170 milhões liderado pela Uber, Alphabet e Bain Capital, entre outros. 

Porém, não se sabe ao certo se a Lime continuará com os serviços de patinetes da Uber no Brasil. A empresa entrou no vermelho em 2019, com um prejuízo de US$ 300 milhões, e saiu do país em janeiro devido às dificuldades para se manter, numa passagem que durou seis meses de operação em São Paulo e Rio de Janeiro.

No entanto, mesmo com a redução de custos e a crise iminente, a Uber manifestou interesse em patrocinar a ciclofaixa de lazer em São Paulo através de publicação no Diário Oficial em fevereiro. As ciclofaixas possuem 117 km de extensão e o impasse da construção vêm ocorrendo desde o encerramento da parceria com Bradesco Seguros em agosto de 2019. 

A Prefeitura já apresentava a abertura de novos editais desde a suspensão de atividades ano passado, mas o descumprimento de itens do edital levava ao cancelamento das licitações. Para a Uber, até o momento, o termo de cooperação foi firmado junto à Prefeitura e apresenta validade de um ano, mas está temporariamente suspenso devido a quarentena. O procedimento de concessão apresenta valor próximo a R$ 20 milhões.

Logo, mesmo em meio à pandemia, a proposta de patrocinar a construção das ciclofaixas faz parte de uma das estratégias de marketing da empresa. A Prefeitura de São Paulo, assim como era possível para Bradescos Seguros, permite à Uber explorar espaços na ciclofaixa a fim de estampar a própria marca. 

Em março, apresentamos um artigo de análise do investimento da Uber em patinetes. A estratégia de comunicação da empresa em plataformas multimodais se mostra promissora principalmente na grande São Paulo, onde os anúncios são taxados como poluição visual, estando à margem de regras e limitações. 

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