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Governos e Prefeituras divulgam novos projetos de mobilidade urbana e PL prevê alteração do CIDE-Combustíveis para CIDE-Carbono

Pandemia causa prejuízos no transporte público e impulsiona mudanças na mobilidade urbana, ativa e sustentável no Brasil e no mundo

Com a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, empresas responsáveis pelo transporte coletivo no país precisaram buscar novas maneiras para conter gastos. Em sua grande maioria houveram greves de servidores, além de cortes de salário, funcionário e frota. Entretanto, em alguns casos, governos e prefeituras encontraram uma oportunidade em modificar a mobilidade urbana das cidades.

Em Fortaleza/CE, as empresas de ônibus em Fortaleza optaram por vender parte de seus veículos para que pudessem arcar com o pagamento dos fornecedores e dos salários dos funcionários. A medida foi divulgada na última sexta-feira (26) durante audiência realizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará. 

De acordo com o presidente executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Dimas Barreira, a diminuição de passageiros chegou a 45% do normal. Porém, mesmo com a venda da frota, o sindicato garante que o serviço não será comprometido e o público não será afetado.

Já em Salvador/BA, um novo ciclo de mobilidade vem sendo implementado. O sistema de trens elétricos, que antes atendia menos que 1% da região do subúrbio, agora será ampliado a fim de oferecer mais acessibilidade às demais regiões. A pretensão é que o novo sistema atenda 170 mil passageiros por dia e tenha integração com o metrô. Já com as obras, serão ofertados cerca de 2.500 empregos diretos.

Outra novidade na infraestrutura de mobilidade urbana ocorre no Estado do Pará. O governo pretende otimizar obras de mobilidade urbana e infraestrutura viária, juntamente com os municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB). As principais obras incluem a requalificação da rodovia BR-316 para o BRT Metropolitano, a construção de viadutos e a duplicação de uma rua principal de Belém.

As obras em geral envolvem duplicação, drenagem, pavimentação, ciclofaixa, calçadas com acessibilidade, reurbanização e novos pontos de iluminação pública. Além disso, com a requalificação da rodovia, o BRT Metropolitano beneficiará cerca de 2,5 milhões de pessoas, sobretudo, as pessoas que utilizam o transporte público. Segundo o diretor geral do NGTM (Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano), o financiamento das obras provém de recurso encaminhado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão.

Especialistas apontam que os impactos no setor de transporte e mobilidade urbana confirmam a necessidade de mudança, no entanto, a reestruturação do sistema viário em prol do transporte privado não deve ser levado em consideração visto os inúmeros pontos negativos que os carros geram à sociedade. Assim, as propostas devem melhorar a vida urbana nas cidades a partir da priorização do transporte coletivo e implantação de sistemas mais sustentáveis de locomoção.

Avançando na questão de mobilidade urbana e qualidade de vida

A deputada Rosana Valle (PSB/SP) protocolou na última sexta-feira (26/2) um projeto de lei que tem como objetivo desestimular o consumo de derivados de petróleo. O PL cria a Política Nacional de Incentivo às Fontes Limpas e Renováveis de Geração de Energia Elétrica (PFREE) e prevê a transição da CIDE-Combustíveis para CIDE-Carbono.

Em decorrência da crescente taxa de poluição impulsionada principalmente pelo uso de automóveis particulares nas cidades, o imposto tem como objetivo contribuir para redução dos gases de efeito estufa, sendo aplicado para todas as atividades econômicas que gerem gases de efeito estufa em qualquer estágio ou fase do ciclo produtivo. 

De acordo com o projeto, o imposto será utilizado exclusivamente para financiamento público de projetos de inovação tecnológica em energia renovável e para sequestro de gases de efeito estufa em empresas públicas de ensino e pesquisa, nos estados e municípios onde a emissão foi gerada. 

Além disso, há a previsão de uma redução gradativa de veículos movidos a combustível fóssil no sistema de transporte público coletivo em circulação no país, que deverá ser zerada até 2050. O programa elabora um cenário de redução de 80% a partir de 1º de janeiro de 2025; 50% a partir de 1º de janeiro de 2030; 25% a partir de 1º de janeiro de 2040, sendo zerado em janeiro de 2050.

No entanto, a reestruturação do CIDE-Combustível é discutida desde 2014 como forma de subsidiar o transporte de massa, porém, o que não é levado em consideração é que, por si só, o transporte coletivo pode contribuir na redução do consumo de derivados de petróleo, como a gasolina, a curto prazo. Além disso, pode promover a diminuição de tráfegos e congestionamentos e, consequentemente, redução da poluição nas cidades.

Todavia, a redução gradativa de veículos movidos a combustível fóssil no sistema de transporte público, nas entrelinhas supõe a substituição da frota por veículos elétricos ou movidos a biocombustíveis, porém, sem garantir os recursos para tal renovação de frota e muito menos a sustentabilidade financeira do serviço.

Enquanto isso, Buenos Aires aposta em mobilidade ativa e dobra ciclovias para 2021

Buenos Aires, na Argentina, foi uma das primeiras cidades a ampliarem ciclovias durante a pandemia. Em agosto de 2020, Buenos Aires anunciou um plano para adicionar 60 quilômetros de ciclovias com três metros de largura a fim de contribuir com o distanciamento social e a previsão é que o número aumente.

A mudança, que ocorreu em outras cidades fora do Brasil, necessitou também de reestruturação dos limites de velocidade em áreas estratégicas, além de ampliar os mecanismos de proteção para quem utiliza essas rotas. Ainda, a fim de possibilitar a conectividade entre outros meios de transporte, as vias foram estruturadas para dar acesso aos principais eixos de transporte coletivo da cidade, como BRT e metrô.

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Causas sociais ganham destaque na mobilidade urbana

Estudos sobre os fatores que impactam a mobilidade urbana nas cidades garantem melhor desenvolvimento e maior qualidade de vida para a sociedade

Foto: Werther Santana.

A discussão sobre as condições de mobilidade urbana é muito importante para aumentar a qualidade de vida nas cidades. Com isso, em decorrência dos eventos em 2020, muitas articulações do setor começaram a abordar e tentar entender ainda mais as intersecções que ocorrem em decorrência de cor, gênero, classe social e econômica, entre outros fatores existentes.

O transporte mais comum do mundo é o caminhar, além de ser um dos indicadores mais confiáveis ​​sobre equidade urbana, resiliência, saúde, poluição do ar e qualidade de vida geral. Assim, o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP, na sigla em inglês), divulgou o relatório “Pedestres em primeiro lugar”, o qual aponta uma análise global sobre a mobilidade nas cidades.

O ITPD se dedica à promoção do transporte sustentável e equitativo mundo afora, focado na acessibilidade, redução de emissões de carbono e desigualdade social. Dessa forma, o estudo mostrou que as cidades brasileiras ainda falham em oferecer espaços caminháveis e serviços essenciais próximos para seus habitantes.

“Esse estudo deixou claro que o país precisa melhorar o acesso a pé de espaços públicos”

– Danielle Hoppe, gerente de Transportes Ativos do ITDP Brasil.

O relatório também inclui recomendações de políticas baseadas em dados que podem ajudar os líderes locais a melhorar a mobilidade de suas cidades. Ainda é possível comparar os dados em qualquer cidade global ou área metropolitana com população de 500.000 ou mais.

Seguindo a pauta de mobilidade ativa, uma iniciativa da AMoBici deu origem a Carta-Compromisso com a Mobilidade Ativa de Florianópolis, voltada aos candidatos à prefeitura, vice e vereadores. A carta foi divulgada no dia 13 de outubro de 2020 e apresenta foco nos assuntos de caminhabilidade, ciclabilidade e acessibilidade, as propostas estão estruturadas em três eixos: cultura, segurança e infraestrutura.

Na mesma linha, o ITDP em parceria com a WEDO (Organização de Meio Ambiente e Desenvolvimento da Mulher, em tradução livre), construíram o artigo “Acesso para Todos: Acesso e Gênero”. O estudo mostra como os sistemas de transporte deixaram de levar em conta os diversos padrões e necessidades de mobilidade e fornece recomendações importantes para promover ações com perspectiva de gênero. 

Combate ao preconceito na mobilidade urbana

Quando falamos do transporte público no Brasil o comportamento das classes mais baixas é decisivo para qualquer tomada de decisão, entretanto, o aspecto da raça é por vezes ignorado, mesmo que no Brasil classe e raça estejam entrelaçados. O ITDP Brasil está realizando um estudo especial sobre o impacto do racismo estrutural na mobilidade, presente no projeto “A Cor da Mobilidade”. 

O estudo consiste em uma série de artigos acompanhados de entrevistas que serão divulgados entre os meses de setembro e dezembro deste ano. Na primeira publicação, há dados sobre os principais problemas no cenário brasileiro, sendo que o primeiro é a própria oferta de linhas de ônibus.

A operação de transporte normalmente é pensada para atender as áreas mais nobres e em horários distintos dos que moradores das regiões com população majoritariamente negra saem para o trabalho. Além ainda do valor da tarifa que pode comprometer cerca de 20% do orçamento das famílias brasileiras, segundo dados do IBGE.

“Gestores públicos têm ferramentas para mudar essa realidade. Construir e implementar políticas públicas que sejam sensíveis à raça são caminhos importantes para que o deslocamento de pessoas negras sejam mais seguros e acessíveis. As organizações da sociedade civil e a academia também precisam abordar esse assunto em suas agendas. ”

– Mariana Brito, Coordenadora de Comunicação do ITDP Brasil.

Além da questão racial envolto na mobilidade urbana, existe o machismo cultural. Como proposta ao combate à esse preconceito, uma carta-compromisso de equidade e paridade de gênero foi divulgada em agosto deste ano. A iniciativa recolheu 65 assinaturas, nas quais 13 eram de pessoas físicas e 52 de pessoas jurídicas.

Articulando em conjunto com a iniciativa, a ONBOARD decidiu contribuir com uma demanda da Carta-Compromisso. Como resultado, lançamos a plataforma Direção Feminina que reúne mulheres especialistas que podem falar sobre qualquer assunto em eventos direcionados à mobilidade urbana.

A mobilidade urbana é uma questão social e o estudo sobre os fatores que a impactam pode ajudar na coesão social. Ou seja, ao entender a mobilidade como um todo, pode-se direcionar ações práticas nas áreas social, econômica e territorial impostas sob um regulamento comum para todos, garantindo a equidade e paridade em todos âmbitos.

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A diversidade como pauta, mobilidade ativa & mais – Não durma no ponto!

As principais notícias da última semana em uma leitura rápida e informativa. Comece a semana conectado no mundo. Não durma no ponto!

A equidade de gênero é aquele livrinho de bolso que toda pessoa deveria carregar no seu dia a dia. E repare, falamos de equidade e não de igualdade. Afinal, igualdade de sermos livres todos temos, mas equidade de chances é bem diferente. 

O Agora é Simples realizou um levantamento sobre o quanto as mulheres estão sendo representadas nos lugares de tomada de decisão e – pasmem – de acordo com dados da ONU, no Legislativo, entre 191 países, o Brasil ocupa o 140º lugar no ranking de países com maior representação feminina.

A presença feminina nos lugares de poder impacta diretamente na construção, desenvolvimento e mobilidade dos municípios. Como prova disso, trazemos exemplos de cidades como Paris, Bogotá e Barcelona, onde mulheres são exemplos de liderança.

Quer saber mais? Acesse: Cidades sob comando de mulheres.

Quem sabe a lâmpada de boas ideias acenda na sua cidade.

Momento reflexão…

Miguel Pricinote, gestor executivo da Viação Reunidas, compartilhou em primeira mão algumas de suas reflexões a respeito do transporte público brasileiro.

O gestor aponta a necessidade de analisarmos a crise e as críticas do transporte público de forma a entender o que é preciso para que haja uma transformação positiva no sistema.

Afinal, como diz o ditado “o ignorante afirma, o sábio duvida e o sensato reflete.”

Será que as empresas também estão refletindo?

A gente já conversou aqui sobre o aumento na procura por bicicletas. Desde que a quarentena se instalou, as pessoas começaram a buscar por práticas mais saudáveis e sustentáveis de se viver.

No entanto, uma notícia que causou estranheza na última semana foi o fato da Bonnie Tu, presidente da maior fabricante de bicicletas do mundo, dizer que isso é apenas um boom momentâneo, ou seja, logo passará.

Bonnie ainda complementa que a empresa não aumentará os investimentos neste momento. Isso vai contra o que a maioria das pessoas estão fazendo – andando mais de bike – e contra todas propostas e iniciativas de mobilidade mais ativa das cidades – como o projeto em PoA.

Com tantas iniciativas sendo implementadas durante esse momento ímpar da humanidade, talvez o boom das bicicletas não caia assim tão rápido como espera Bonnie, e sim, permaneça no pós-pandemia.

Os dados estão aí pra isso!

O aplicativo Strava, de mobilidade ativa, tem registrado aumento no número de usuários e, na semana passada disponibilizou dados de deslocamento – de forma anônima, conforme a LGPD

Os dados indicam as ruas mais usadas para pedalar, quais as principais rotas, velocidade, dia, horário e outras informações. Tudo isso destinado principalmente à governos e urbanistas para promover a melhoria da mobilidade e identificar oportunidades de investimento nas cidades.

A disponibilização de informações como essas podem auxiliar gestores na criação de políticas e estratégias de mobilidade refinadas e avaliar se estão obtendo resultados positivos. 

Logo, nesse momento, cabe a boa gestão e interpretação de dados para direcionamento de políticas e desenvolvimento de cidades.

Então? Quer saber mais do que acontece por aqui? Se inscreva na nossa newsletter e avalie nosso painel. Afinal, toda segunda-feira tem um resumo produzido especialmente à você!

Bom, esse é o ponto final, descemos aqui.

Até a próxima segunda!

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App de mobilidade disponibiliza dados de deslocamento

Strava disponibilizou de forma gratuita informações de deslocamentos a pé e bicicletas com intuito de auxiliar gestão da mobilidade urbana nas cidades

O Strava Metro é uma plataforma de monitoramento de transporte urbano que reúne mais de 68 milhões de usuários no mundo e apresenta dados de forma anônima. Na última semana, o app disponibilizou dados de deslocamentos a pé e de bicicleta dos usuários do aplicativo.

A plataforma aponta quais ruas das cidades são mais usadas para pedalar e em quais rotas os ciclistas conseguem ir mais rápido. Também apresenta os trechos mais utilizados em cada dia e horário, e se os ciclistas estão usando a bike como meio de transporte ou só pedalando por lazer.

O compartilhamento de dados divulgado pela empresa é destinado principalmente à urbanistas, governos municipais e ativistas. O foco é que, a partir dos dados, as entidades possam entender padrões de mobilidade, identificar oportunidades de investimento e avaliar o impacto de mudanças na infraestrutura de transporte nas cidades.

De acordo com a empresa, é necessário submeter uma solicitação com plano de mobilidade urbana para ter acesso às informações. Em seguida, os dados são disponibilizados gratuitamente.

“O que se nota ao redor do mundo é que os investimentos em infraestrutura não conseguem acompanhar as mudanças de comportamento das pessoas. […] congestionamentos no trânsito são cada vez mais frequentes. Em paralelo, há um aumento de pessoas se deslocando de bicicleta ou a pé, pelas mais diferentes razões.”

– Rosana Fortes, Country Manager do Strava no Brasil.

Em 2018, o app já registrava aumento de 42% nos deslocamentos inseridos na plataforma. E, em relação a 2020, a cidade de São Paulo registrou alta de mais de 31% no total de atividades de bicicleta no mês de agosto, em relação ao ano anterior. Enquanto no Rio de Janeiro a alta foi de 91% no mesmo período.

A disponibilização de informações como essas podem auxiliar gestores na criação de políticas e estratégias de mobilidade refinadas e avaliar se estão obtendo resultados positivos. A necessidade de planejamento com base em dados é primordial para construção de cidades mais seguras, integradas e sustentáveis.

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Concorrentes da Uber, eletromobilidade e inovações em 2020 – Não durma no ponto!

As principais notícias da última semana em uma leitura rápida e informativa. Comece a semana conectado no mundo. Não durma no ponto!

2020 pode ser a década da virada

Essa segunda vamos começar com os desafios do modelo Uber. Abaixo estão os primeiros textos, mas esse aqui, você vai ficar de boca aberta.

Já se sabe que os carros autônomos são uma realidade não tão distante. Como continuar com a economia compartilhada se os carros serão autônomos?

Lembrando que a Uber e similares possuem motoristas para pagar, essa concorrência fica ainda mais acirrada.

Assim, muitas empresas, inclusive brasileiras como Embraer, estão investindo em inovações e soluções para a mobilidade urbana e 2020 promete ser o ano das mudanças. Saiba mais.

Falando de mobilidade…

A procura por veículos elétricos tem aumentado e a relação entre mobilidade e sustentabilidade é o foco principal nessa discussão.

Dirigentes públicos e empresariais buscam desenvolver o Plano Nacional de Eletromobilidade e, em algumas cidades, os ônibus elétricos já fazem parte da legislação para contribuírem na redução de emissões de CO2.

Em um mundo que tem buscado cada vez mais melhorar a qualidade de vida, gestores e operadores do transporte devem começar a desenvolver modais ativos e também sustentáveis. Esse será o novo normal.

Porém, para desenvolver novas tecnologias, é necessário ouvir o público!

Pesquisas no Brasil traçam os motivos e as dificuldades das pessoas que utilizam o transporte coletivo durante a pandemia e apontam melhorias a serem realizadas.

Com isso, dados de Recife são de se assustar. A preocupação com o distanciamento social foi uma das atitudes de menor adesão quanto aos cuidados durante o percurso realizado pelas pessoas entrevistadas.

Já um outro estudo realizado em DF, apontou um perfil de quem utiliza o transporte público durante a pandemia, podendo ser utilizado para traçar metas para melhoria. 

O levantamento mostrou que a maior parte das pessoas utilizam o transporte público 5 vezes ou mais na semana, 2x ao dia, sendo as principais finalidades de uso para trabalhar e/ou estudar nos horários de pico, ou seja, das 5h às 8h e das 17h às 20h.

Já dá pra ter uma noção do que fazer.

E o Distrito Federal não espera.

Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB/DF), um novo edital de mobilidade ativa será lançado no DF ainda este mês

O edital apresenta algumas mudanças no que se refere às empresas operantes e busca incentivar a mobilidade ativa na sociedade. 

O edital abre processo de licitação para gestão de bicicletas compartilhadas na cidade. Essa iniciativa faz parte de um conjunto de ações para melhoria e integração dos modais de transporte.

E mais: O “home office” como alternativa para redução de lotação no transporte público

Nesta  terça-feira, 15 de setembro de 2020, o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, instituiu o regime permanente de teletrabalho para funcionários públicos. A adesão é facultativa e secretários e subprefeitos terão 90 dias para apresentar os novos planos.

A medida vem como justificativa para redução do trânsito e poluição; menor pressão sobre os sistemas de transportes, em especial ônibus, trens e metrôs; e redução de despesas de custeio.

Será que quem descobriu o home office fará de tudo para tê-lo depois da crise?

Pensa aí e depois me diz.

Bom, este é o ponto final.

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Novo edital de mobilidade ativa será lançado no DF

O edital apresenta mudanças e busca incentivar a mobilidade ativa através da melhoria e integração dos modais

A Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB/DF) concluiu o novo edital de Chamamento Público para o Sistema de Mobilidade Ativa Compartilhada. A previsão é que o edital seja lançado na segunda quinzena de setembro.

O edital permite a operação de mais de uma empresa no Distrito Federal e prevê a expansão do serviço em outras regiões. As bicicletas compartilhadas poderão ser disponibilizadas, em estações fixas ou não, próximas a terminais rodoviários, metrô e BRT, bem como em áreas de grande movimentação, como escolas e hospitais.

“Queremos dar continuidade a um serviço sustentável de transporte e que facilita o deslocamento das pessoas.”

– Valter Casimiro, Secretário de Transporte e Mobilidade.

Valter explica ainda que a empresa que estava antes pediu a rescisão do contrato. O edital anterior tinha como exigência a cobrança máxima de R$10 reais por ano, fazendo com que a empresa não pudesse aumentar o valor da tarifa. Assim, os serviços foram interrompidos no ano passado.

A SEMOB informa que, no novo edital, as providências de implantação, operação e manutenção dos serviços não acarretarão qualquer ônus financeiro para o Governo do Distrito Federal. 

O prazo para início do serviço de bicicletas compartilhadas serão de 30 dias corridos após assinatura das propostas, que deverão conter informações sobre o tempo de utilização dos equipamentos e a tarifa a ser cobrada, definidas pelas empresas contratadas.

Como parte da melhoria da mobilidade ativa na cidade, a SEMOB vem colocando em prática ações de curto e médio prazo, buscando viabilizar o Programa Cicloviário de Brasília. O objetivo é integrar todos os outros modais e fornecer mais segurança à sociedade que utiliza os serviços.

Segundo dados dos modos de transporte mais usuais em Brasília/DF, os carros compreendem 43% do total, seguido pelo Sistema de Transporte Público Coletivo (41%), andar a pé (10%) e, por último, o uso de bicicletas, que compreende menos de 5%.

De acordo com a Pesquisa do Perfil do Ciclista no DF, em 2018, cerca de 41% das pessoas entrevistadas indicaram a infraestrutura como motivação para pedalar mais. Entretanto, outras 33% apresentaram o mesmo aspecto como um problema a ser enfrentado no dia a dia.

Logo, o novo edital está pautado nos princípios e diretrizes do Plano de Mobilidade Ativa no Distrito Federal (PMA/DF) que visa orientar e coordenar ações governamentais voltadas a Mobilidade a Pé e a Ciclomobilidade, melhorando o sistema e buscando a integração dos modais de transporte público. 

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Mobilidade mais ativa, as contradições da Uber & Big Data – Não durma no ponto!

As principais notícias da última semana em uma leitura rápida e informativa. Comece a semana conectado no mundo. Não durma no ponto!

Cerca de 130 milhões de pedestres se deslocam diariamente pelas ruas do Brasil

A procura por uma vida mais ativa e saudável tem crescido exponencialmente. As pessoas estão buscando cada vez mais se movimentar e se preocupando um pouquinho mais com o impacto no meio ambiente também. 

Essa vida mais ativa pode se tornar – se bem aproveitada – um bom estímulo ao uso de ônibus, trens e metrôs. 

Ao pensar em transporte público, um ítem que se faz de extrema importância são as calçadas. Afinal, é através delas que caminhamos e podemos chegar aos terminais de ônibus.

Exatamente por isso, calçadas não podem ser ciladas.

Cerca de 41% das calçadas em São Paulo não têm a largura mínima exigida por lei, de 1,90 m de largura. Sem contar os inúmeros obstáculos que encontramos, como buracos e postes. 

É difícil andar sem um tropeço.

Iniciativas de mobilidade ativa propostas pela prefeitura

A Prefeitura de Florianópolis criou uma supersecretaria para unir planejamento urbano e mobilidade que visa dez eixos temáticos para inovação.

Não é a toa que é a capital com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, principalmente devido a investimentos na educação e no bem-estar da população.

Os eixos de trabalho envolvem a preocupação com pedestres, bicicletas, transporte coletivo, outros modais (transporte marítimo, teleféricos, etc), transporte individual, logística de cargas, gestão e operação (para organizar o fluxo de projetos entre a parte conceitual e a parte prática), planos – como Plano de Mobilidade, Plano Diretor e o projeto de regularização urbanística -, governança e participação social.

As ações priorizam a mobilidade e isso deveria ocorrer em todo Brasil.

A mobilidade ativa e coletiva ameaçada pela retórica da Uber 

Que a Uber invadiu os celulares dos brasileiros, todo mundo sabe. No entanto, será que tudo é um mar de flores?

Produzimos uma série de 3 textos que visam analisar a situação de mercado atual para essas empresas, como Uber, Lyft, 99/Didi e Cabify, em aspectos mais amplos do que apenas a mobilidade urbana. 

Na 1ª edição analisamos a estratégia de penetração dessas empresas, também denominadas Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs) em legislação vigente em São Paulo.

Clique aqui para ler na íntegra.

Já na 2ª edição, vamos mais à fundo. As OTTCs vieram com a promessa de“liberdade, economia e inovação”, porém incontáveis são os motoristas que utilizam o aplicativo como seu único meio de subsistência. 

É claro que o modelo apresenta consequências na vida urbana, veja aqui.

O Big Data no planejamento da mobilidade urbana

Uma boa política de dados pode auxiliar muito no desenvolvimento de cidades, ainda mais em questão de mobilidade.

Projetar cidades mais integradas, mais sustentáveis, mais inclusivas e até mais simples de se transitar é desejo de todas as partes envolvidas, prefeituras, empresas, gestores, operadores e clientes.

Para isso, um termo importante discutido nos últimos tempos é o Big Data. Ou seja, a quantidade enorme de dados levantados pelas empresas todos os dias.

A pesquisa Origem e Destino é um exemplo. Ela é base para implementação de políticas de transporte mais eficientes em diversas cidades do país.

O mercado de tecnologia para mobilidade pode resolver alguns problemas, logo as cidades precisam urgentemente começar a trabalhar com isso cada dia mais.

Vamos deixar os concorrentes atrasados no passado que lhes pertence!

Bom, chegamos no ponto final e ficamos por aqui.

Semana que vem tem mais. Não se atrase!

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