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Uso de bicicletas aumenta, transporte público à beira da falência & mais – Não durma no ponto!

O painel de notícias rapidinhas que a gente não pode perder.

A bike pode se tornar aliada do transporte público

Você já ouviu falar sobre o aumento na procura por bicicletas? Se não, corre aqui dar uma olhadinha.

Se você, assim como eu, tem sentido aquele cansaço após um dia em frente ao computador e ao olhar o celular, vê postagens de rostos felizes em meio à uma pandemia mundial, não se preocupe, estamos juntos nessa.

Por isso, milhares de pessoas sentiram necessidade de buscar um novo hobbie nessa quarentena e, por mais louco que possa parecer, as pessoas estão querendo realizar mais atividades físicas!

Brincadeiras à parte, esse bilhete é real. Mais da metade das pessoas têm utilizado o sistema de aluguel de bicicletas para ir e voltar do trabalho e a maioria pretende continuar usando o meio após a quarentena.

E o que o transporte público tem a ver com isso?

Empresas do setor têm anunciado inúmeras demissões e riscos de falência. Sabe por quê?

A principal fonte de renda das empresas de transporte público coletivo é a passagem de ônibus. No entanto, muitas empresas e escolas diminuíram seu horário de funcionamento e/ou transferiram-se para o modo online, o que diminuiu a quantidade de passageiros.

Embora tenha aparecido alguns casos de superlotação nos ônibus dado o desafio de redimensionar a frota de maneira dinâmica, a preocupação com o contágio do vírus no transporte fez isso diminuir e, claro, afetou negativamente a contabilidade das empresas de transporte.

Logo, com mais pessoas utilizando bicicleta, cada vez menos pessoas utilizarão o ônibus.

No entanto, quando pensamos em promover o transporte público, pouco é discutido sobre os caminhos até esses modais.

O transporte público vai ter que pegar “cano na bike” diante do novo cenário e aí a gente trabalha na intermodalidade, ou seja, na criação de espaços que estimulem o uso dos dois modais de transporte.

Essa semana é decisiva para o setor 

Mais uma vez a câmara dos deputados adiou a ajuda de R$4 bilhões para empresas de transporte. O plano emergencial prevê que o Estado compre bilhetes antecipados para contribuir com as operadoras. 

Deputados, porém, questionam a alocação de recursos. 

Segundo O Globo, a expectativa é de que os valores sejam melhor distribuídos de acordo com o tamanho e realidade de cada cidade, além do investimento em tecnologia de bilhetagem. 

Enquanto isso, no transporte por carros…

As concessionárias fecharam as portas por mais de dois meses, isso freou a produção das montadoras de automóveis.

A expectativa para 2020 era de 3,8 milhões de vendas de carros, mas o coronavírus acabou com tudo isso. A previsão passou a ser a metade.

Mas olha que ironia. 

O automóvel particular passou a ser visto como uma redoma segura.

E o mais louco disso tudo é que são os jovens (pessoas com menos de 35 anos) que mais pretendem comprar um carro.

De olho na clientela mais jovem, a BMW transformou suas contas no Instagram e no Facebook em canais de venda e estreou um perfil no TikTok, tudo isso durante a quarentena. 

Algumas empresas de transporte também já se atentaram a isso e possuem seus próprios canais digitais.

E mais, a rapidez de comprar um carro aumentou nos últimos tempos. 

A Volkswagen promoveu um evento de lançamento online por meio do Whatsapp. Eles venderam 1.000 carros em apenas 8 minutos. Gente, parece piada, né?

Para emitir um bilhete de ônibus em Brasília demorou quase 1 hora!

Como já diz o ditado “se não pode vencê-los, junte-se à eles”!

A Uber, famosa por se destacar como rival dos taxistas, lançou nesta semana a categoria Uber Táxi. Até agora, funcionando apenas na cidade de São Paulo. 

O preço seguirá a tabela de tarifas determinada pela legislação municipal e a mudança indica mais uma etapa na estratégia de ampliar a plataforma para oferecer mais opções aos clientes e para ampliar a receita, visto que a queda nas viagens chegaram a 80%.

O coronavírus balançou nosso sistema.

Leitura em dia, aqui é o nosso ponto final.

Mas não se preocupe, segunda que vem pegamos o mesmo ônibus. Não se atrase!

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Pode andar de bicicleta durante quarentena?

A procura por bicicletas aumentou, as pessoas buscam mais saúde e segurança em seus deslocamentos

A compra e aluguel de bicicletas aumentaram em todo o mundo. Esse movimento foi percebido quando europeus começaram a utilizar as bicicletas para evitar o contágio da Covid-19 durante a retomada das atividades, houveram incentivos para compra e ampliação das ciclovias em todo o continente.

No Brasil, mesmo sem políticas públicas específicas, a Semexe, startup que possui uma plataforma online para compra e venda de equipamentos novos e usados de bicicleta, anunciou um aumento de 291%  nas transações de junho de 2020, se comparado a fevereiro, um mês antes de decretada a pandemia. As vendas atingiram 23 dos 27 estados brasileiros. 

A procura no Google por “andar de bicicleta na quarentena” aumentou desde março, segundo análise no Google Trends.

“Se as pessoas se sentirem mais seguras para se deslocar nas cidades de bike, se tiverem mais opções de ciclovias, se empresas oferecerem estrutura para banho em suas sedes, mais gente vai entrar nessa onda e aí não terá mais volta.”

– Rafael Papa, um dos sócios da Semexe, para O Globo.

Além do benefício relacionado à saúde e bem-estar, andar de bicicleta tem se tornado uma alternativa para evitar o uso do transporte público, sendo, a bicicleta, o meio de locomoção mais seguro no momento, segundo especialistas. No entanto, para oferecer segurança aos ciclistas, é necessário uma mudança efetiva no desenho das cidades.

“… para que o cidadão médio brasileiro adote cada vez mais o modal, é essencial que o poder público enxergue os benefícios da bicicleta e a inclua em suas políticas públicas de forma mais efetiva.”

– Cyro Gazola, presidente da Caloi e vice-presidente da Abraciclo, para O Globo.

Em maio de 2020, levantamento da Bike Itaú apontou que a maior parte dos ciclistas (87%) utilizam o meio por se sentirem mais seguros em relação ao contágio do novo coronavírus, mais da metade usa o sistema de aluguel de bicicletas para ir e voltar do trabalho, e,  em média, 90% das pessoas pretendem continuar a usar o meio após a quarentena.

No entanto, o fato do uso de bicicletas apresentarem menos riscos de contaminação do que o transporte coletivo, não significa que seja totalmente seguro. É necessário manter uma distância segura ao pedalar maior que 2 metros de outras pessoas, evitando a inalação ou contato de gotículas. Ainda, segundo especialistas, quando se anda de bicicleta a 29 km/hora, o ideal é manter 20 metros de distância dos demais à sua volta.

Embora a prática de exercício seja desejável para evitar o sedentarismo e outras doenças, a professora de Educação Física Goreti Seabra recomenda cuidado na intensidade da pedalada, visto que, com um treino exagerado, o corpo pode ficar com baixa imunidade demorando para se recuperar, o que acaba abrindo portas para o vírus.

Perda no transporte público pode ser definitiva

Com uma alta diminuição no número de passageiros, a troca do transporte público pela bicicleta pode ser definitiva. O movimento pressiona a ajuda do Estado à empresas de transporte público e torna ainda mais essencial a adoção de novos modelos de financiamento para recuperação de sistemas públicos de mobilidade. 

Esse efeito atinge em cheio as empresas de transporte, que já anunciam demissões e falência. O diretor institucional do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Campina Grande (SITRANS), Anchieta Bernardino, anunciou nesta segunda-feira, 3 de agosto de 2020, que empresas do setor poderão encerrar suas atividades nos próximos dias e demitir centenas de trabalhadores.

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