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Com necessidade de distanciamento, solução criativa surge para contagem de passageiros no transporte público.

Utilizando câmeras já instaladas no ônibus, tecnologia reduz os custos em relação a como o problema é resolvido hoje e agiliza processo de planejamento de oferta no transporte público

Detecção de pessoas por câmera através de tecnologia desenvolvida pela ONBOARD.

Um em cada quatro brasileiros utiliza o transporte público no país, e o grande número de pessoas circulando por ônibus, trens e outros veículos diariamente se torna uma preocupação de primeira instância no momento de distanciamento social que o país vive.

As autoridades de saúde recomendam pelo menos 2 metros de distância para evitar contágios, mas com o modelo de negócios das empresas de transporte sendo financiado sobretudo pela tarifa paga pelo cliente, não há condições econômicas para o aumento da frota de veículos, o que ocasiona as aglomerações em pontos de ônibus, estações e terminais.

Uma solução para esse problema é um melhor planejamento da oferta de transportes, levando em conta os comportamentos de deslocamento. O que se vê, no geral, são alterações homogêneas na oferta de veículos, que não levam em consideração o comportamento de determinada linha

Soluções para esse problema, porém, são caras e inviáveis diante da crise de financiamento que assola o transporte urbano no Brasil. Sejam pesquisas longas como a de Origem e Destino, que demanda altos investimentos, ou hardwares próprios e uso da bilhetagem, que são limitados, pois só conseguem responder parte desse problema, a contagem de passageiros ainda é escassa e de difícil execução.

Entretanto, dada a importância indiscutível de sistemas inteligentes de transportes na atualidade e a crescente necessidade de soluções rápidas, eficientes e de excelente custo/benefício, uma resposta ao desafio utilizando recursos já disponíveis para concessionárias de transporte pode ser o caminho para atingir esses objetivos. Trata-se da contagem de passageiros com a câmera já instalada na grande maioria de ônibus, vagões e terminais.

Conhecendo os problemas de seus clientes, a ONBOARD, empresa de tecnologia voltada ao transporte público, reconhecida por desenvolver soluções inovadoras e pioneiras, criou uma solução para evitar custos exorbitantes com infraestrutura e direcionada a resolver esse problema antigo do setor, que é a Contagem de Passageiros. 

Saber quantas pessoas estão sendo transportadas de fato, além de verificar se está havendo evasão de tarifa, onde as pessoas estão subindo e descendo sempre foi o principal desejo de qualquer operador de transporte público, mas, como dito acima, nunca foi algo trivial de se fazer. 

Assim, a ONBOARD, com sua abordagem diferenciada para resolver problemas – escuta ativa, observação constante e reaproveitamento de recursos subutilizados – aplicou suas tecnologias para desenvolver um software compatível com câmeras já instaladas e, com isso, as empresas pagam apenas uma licença pela utilização do software ONBOARD.

Como funciona a contagem de passageiros por câmera?

Através de um sistema de monitoramento de perfil de movimentação em linhas de ônibus, também conhecida por “sobe e desce”, o sistema realiza a contagem automática de passageiros embarcados e desembarcados em pontos de parada do transporte público.  A informação salva das câmeras são os dados de contagem processados e, à respeito da integridade e segurança, os indivíduos não são identificados.

A tecnologia de alta qualidade é composta por uma câmera, já instalada, a qual realiza a detecção e a contagem das pessoas que passam por uma área estabelecida previamente por meio de um software. O sistema detecta as pessoas automaticamente por meio da utilização de inteligência artificial, algoritmos de visão computacional, algoritmos de detecção, Deep Learning, tudo desenvolvido pela ONBOARD para melhorar a acurácia da detecção de pessoas. 

A solução da ONBOARD apresenta ainda a quantidade de pessoas que subiram e desceram em cada ponto cruzado com os dados das filmagens com o GPS dos ônibus em circulação. Logo, como tudo que a ONBOARD faz, a solução foi pensada para potencializar a operação evitando os grandes custos praticados por fornecedores do setor e trazendo muito mais inteligência para operação.

Qual a vantagem da contagem automática no transporte público?

O sistema visa diversas aplicações, tais como avaliação do nível de ocupação do ônibus ao longo da viagem, determinação dos trechos mais críticos, cálculo do fator de rotatividade da linha para dimensionamento de frota e conhecimento do perfil operacional da linha. Com isso, as fórmulas são mais precisas para evitar momentos de riscos para passageiros com muitas aglomerações, sendo fundamentais para a melhoria da operação do transporte público, principalmente por ônibus. 

O sistema de contagem de passageiros também possibilita a gestão do fluxo de pessoas, tomada de decisões imediatas corretivas na operação do transporte público, criação de um sistema de informações aos passageiros, identificação de fraudes – como uso de bilhetes comprados não computados, uso de bilhetes falsificados, embarque de passageiros não pagantes -, definição de pontos de parada, melhoria das características operacionais dos pontos (baias, abrigos etc.), alteração de itinerários, ajuste de espaçamento entre pontos e redimensionamento oferta da frota.

Por que investir?

O sistema automatizado de contagem de passageiros e coleta de dados é um processo ágil e seguro, além de se tornar um espelho, em tempo real, da operação do transporte coletivo. Com os dados obtidos enviados a uma central de controle, há inúmeras aplicações, como mencionadas anteriormente, com aplicabilidade em tempo real ou para planejamentos posteriores. 

Os maiores custos de qualquer nova tecnologia estão, em sua maioria, relacionados à infraestrutura como a instalação de equipamentos para adequação e compatibilidade tecnológica. Sabendo disso, e diante do momento que o setor está passando, a ONBOARD desenvolveu uma poderosa solução de software compatível com as câmeras já instaladas nos ônibus e terminais, eliminando completamente o custo da infraestrutura da tecnologia. 

A automação do sistema, a partir de sensores adequados, resulta em redução de custos, tempo e esforços para montagem de banco de dados, e também em aumento do tipo e alcance dos dados e da eficiência operacional devido a um melhor planejamento da demanda por transportes.

Assim, com os negócios orientados aos dados e evidências, o transporte público apresenta uma transformação digital real, otimizando a experiência do cliente e baseando os processos ágeis em testes e validações confiáveis. Testes na Viação Piracicabana, em Brasília, e Consórcio Ótimo e Transfácil, em Belo Horizonte, já apresentam resultados positivos e promissores apenas com um lote de filmagens.

Essa solução faz parte de um conjunto maior de soluções da ONBOARD que visam requalificar e reinventar o transporte público colocando-o na vanguarda tecnológica e devolvendo assim a sua competitividade. Chega de soluções fechadas, com altos investimentos e que já nascem obsoletas. A pandemia matou as soluções eletrônicas e abriu ainda mais espaço para as soluções digitais. A escolha é do gestor se irá morrer com o passado ou se irá viver o futuro.

– Luiz Renato M. Mattos, CEO da ONBOARD.

Leia mais sobre: A transformação digital no transporte público.

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Dimensionamento de Frota no Transporte Público

Fórmulas e conhecimento básico para gestores de planejamento operacional no transporte urbano de passageiros

Pelo visto você realmente ficou interessado (a) no assunto do tal transporte público, muito bom, então vou parar de papo e irei direto ao assunto. Vamos brincar de matemática, então, preste atenção em cada passo e concentre-se na lógica da coisa, sei que durante anos a matemática lhe torturou, mas nesse artigo você a verá como sua redentora, caso não tenha visto os artigos anteriores eu recomendo que os veja para poder seguir a mesma linha de raciocínio.

Para realizar o dimensionamento de frota são necessárias as seguintes informações:

Valor médio de passageiro na seção crítica ou máximo pico (PAX);

Fator de renovação (FR);

Capacidade da frota operacional ou Capacidade de oferta de lugares (C);

Tempo de ciclo ou Tempo percurso (ida + volta) (T).

Vamos considerar os seguintes dados da linha M12TRO logo abaixo:

PAX = 2.000

FR = 1,61

C = 88

T = 01:20

Com os dados à disposição, seguimos com os próximos conceitos.

Passageiro Real (PAR)

Primeiro passo é identificar o passageiro real (PAR), que nada mais é do que o quociente da divisão do PAX pelo FR. Esse valor demonstra a quantidade de passageiros que realmente ficam dentro do coletivo durante a viagem conforme a renovação nos diversos polos de demandas existentes no trajeto, caso tenha dúvidas sobre o FR aconselho rever o artigo anterior. Segue fórmula:

                                                    PAR = PAX

                                                                FR

Exemplo: 2.000 / 1,61 = 1.242

Fluxo de Viagens (Q)

Próximo passo é identificar quantas viagens serão necessárias para transportar a quantidade de passageiros real durante a faixa horária de pico, para isso é necessário saber a quantidade de lugares disponíveis e dispor da seguinte fórmula:

                                                     Q = PAR

                                                              C

Exemplo 1.242 / 88 = 14

Vamos entender o primeiro resultado importante, Q = 14, logo podemos concluir que na faixa horário de pico com uma capacidade de 88 lugares por veículo conseguimos atender a demanda real de 1.242 com 14 viagens, próximo.

Intervalo entre Viagens ou Headway entre veículos (H)

Sabemos que na faixa horaria de pico precisamos de 14 viagens para suprir a demanda máxima real, porém os passageiros não saíram todos ao mesmo tempo em direção ao seu destino e os veículos não irão sair um atrás do outro ou utilizando o termo mais técnico em comboio, então é necessário um intervalo condizente ao atendimento de viagens. Segue fórmula para resolução do problema:

                                                      H = 60

                                                             Q

Exemplo: 60 / 14 = 4

Podemos concluir que na faixa horária do pico máximo, igual a 60 minutos, colocando em prática 14 viagens neste período, evita-se os comboios e se mentem um fluxo de distribuição de viagens retilíneas, com um dimensionamento sensato de uma viagem a cada 4 minutos.                                                                                             

Frota (F)

Certo, mas e a bendita frota? Vamos refletir. Sabemos que na faixa horária de pico com 60 minutos e um intervalo de 4 minutos conseguimos atender com 14 viagens de 14 veículos diferentes a demanda, logo a frota a dimensionar é 14 correto? Errado.

Vejamos, com 14 veículos atendemos 60 minutos de operação, mas o ciclo da linha é de 1 hora de 20 minutos, logo o período em que 1° veículo sair no minuto 1 e o 14° veículo sair no minuto 60, até o retorno do 1° abrirá um intervalo de 20 minutos. Para solucionarmos este problema utilizamos a seguinte fórmula:

                                               F = T

                                                     H

Exemplo: 01:20 / 4 = 18, 82 arredondando 19 veículos

Chegando no valor máximo de frota necessário para operacionalização da linha, basta o técnico responsável dimensionar as quantidades de viagens conforme demanda por faixas horarias e alocar os valores na programação horária a ser disponível ao usuário, podendo ser feita em excel ou nos diversos sistemas de programação horária disponível no mercado.

Acima foi demonstrado o básico que um gestor de planejamento operacional deve saber para tomar decisões no dimensionamento de frota, espero ter agregado conhecimento ao partilhar de minha experiência.

Para o próximo conteúdo aconselho a você pesquisar sobre os conceitos e os tipos de custos e despesas, a partir de agora a coisa fica séria.

Hasta la vista!!!

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