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Prefeitura de BH estuda regulamentação de patinetes

Em meio a acidentes e regulamentação em outras capitais, BH prepara seu próprio texto

A prefeitura de Belo Horizonte estuda a regulamentação de patinetes, por meio da BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte), que mantém um grupo de estudos sobre o assunto.

A capital mineira é uma das cidades com casos de acidentes envolvendo patinetes mais consolidados e noticiados, só em abril 40 pessoas foram socorridas no Hospital João XXIII, que atende chamados do centro da cidade.

Ao Estado de Minas Célio Freitas, presidente da BHTrans, disse que a proposta pode citar a regulamentação do uso de capacete, a circulação em calçadas e a velocidade máxima.

Desde 2018 Belo Horizonte conta com serviços de micromobilidade, incluindo patinetes e bicicletas sem estações. Na cidade operam Grin e Yellow, ambas da empresa Grow, uma fusão brasileiro-mexicana.

Vale lembrar que São Paulo recentemente regulamentou o uso de patinetes, com críticas das empresas sobre a rigidez das novas regras.

Por lá, além do capacete, do limite de 20km e da proibição de uso em calçadas, multas estão entre as penalidades.

Especialista ouvidos pelo jornal o Tempo afirmam que há espaço para os patinetes, mas que eles não devem ocupar o mesmo lugar que os pedestres, que conquistaram um espaço nas cidades.

Na capital paulista, além das ciclovias, os patinestes podem circular em ruas com limite de 40 km/h. O mesmo deve ser colocado na proposta mineira e é o indicado pela Grow a seus usuários.

Entenda a polêmica entre patinetes e Prefeitura de SP

Prefeitura de São Paulo confisca patinetes e inicia ‘queda de braço’ com o novo modal

Na última quarta feira, 29, imagens de trabalhadores à serviço da Prefeitura se espalharam pelas redes: eles recolhiam patinetes elétricos da empresa GROW, dona das marcas Grin e Yellow, pela cidade de São Paulo. Cerca de 557 patinetes foram recolhidos no primeiro dia, sob alegação de estarem irregulares.

A Prefeitura, sob a gestão de Bruno Covas (PSDB) publicou um decreto duas semanas antes das apreensões que regulamentava o uso de patinetes elétricos na cidade, entre as obrigações o cadastro das empresas junto à Prefeitura.

Para as empresas, os pontos do decreto dizem ser obrigatório:

  • Promoção de campanhas educativas sobre o uso correto dos equipamentos;
  • Pontos de locação fixos e móveis que poderão ser identificações por aplicativos ou sites;
  • Recolher os equipamentos estacionados irregularmente;
  • Manter os dados dos usuários confidencialmente;
  • Fornecer os dados dos usuários aos órgãos municipais ou de segurança pública, caso sejam solicitados;
  • Informar à SMMT, mensalmente, o número de acidentes registrados no sistema.
  • Fornecer os equipamentos necessários para segurança dos usuários, inclusive capacete, certificados pelo Inmetro.

Esse último ponto é um dos mais polêmicos e motivo de desagravo para a GROW.

Segundo João Sabino, Chefe de Relações Públicas da empresa, “o decreto 58.750/19 contém algumas regras ilegais, desproporcionais e ineficientes para o serviço. A obrigatoriedade do capacete não tem eficácia comprovada e desestimula a utilização dos modais. Obrigações como essa prejudicaram severamente os sistemas de bike/scooter sharing em Seattle e na Austrália, por exemplo”. 

Para o poder público o uso do capacete visa diminuir os acidentes, sem dados consolidados sobre o tema, desde o lançamento dos serviços matérias pipocam na mídia sobre acidentes envolvendo patinetes. No Rio de Janeiro, por exemplo, dois hospitais próximos a orla – bastante frequentada por patinetes – registraram 50 acidentes entre janeiro e abril, incluindo fraturas.

O regulamento da Prefeitura também estipula regras para os usuários, como:

  • Circulação proibida em calçadas;
  • Velocidade máxima de 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas;
  • Circulação permitida em ruas com velocidade máxima de até 40 km/h;
  • Uso com mais de uma pessoa ou entrega de mercadorias;
  • Capacete obrigatório.

A multa varia entre R$100 a R$20 mil e serão aplicados às empresas. Eventualmente, as prestadoras podem repassar a multa aos consumidores, ao modelo do que ocorre no mercado de aluguel de carros.

O que dizem as empresas

Além do posicionamento do João Sabino, da GROW, o mercado de patinetes, que incluem outras empresas ainda não prestadoras em São Paulo, acredita que a regulação foi um desincentivo à inovação na cidade.

A Scoo, pleitante nas operações paulistanas, questiona a proibição da entrega de encomendas pelos patinetes. Sua estratégia de negócio busca parcerias com empresas de delivery.

A GROW afirma que a resolução Contran – Conselho Nacional de Trânsito – é suficiente e que opera sob suas regras. Segundo o Contran, por exemplo, não são necessários os capacetes.

A resolução que a Grow se refere é de 2013 e diz respeito a qualquer veículo motorizado. O texto, porém, dá espaço para regulações específicas em cada cidade.

Por meio de nota, a GROW avalia que alguns pontos do decreto são positivos, mas que existem soluções melhores, entre elas a educação dos consumidores sobre as regras de trânsito. A empresa sugere ainda o bloqueio de usuários que cometam irregularidades.

“Desta forma ampliamos a educação do usuário e evitamos uma nova indústria da multa. A terceirização da multa para as empresas de aplicativo é ineficaz e coloca em risco a oferta de micromobilidade não só de patinetes como de outros modais na cidade.”

O posicionamento da Prefeitura

Em evento sobre mobilidade realizado no fim de semana o prefeito Bruno Covas afirmou que “nenhuma empresa está acima da lei”. 

Para o prefeito, as empresas interessadas poderão se cadastrar na Prefeitura e operar normalmente “não sou contra a inovação, mas não vamos abrir mão de garantir a segurança da pessoas”

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Startups de mobilidade são destaques do Brasil no exterior

Para consultoria americana, três empresas brasileiras devem valer 1 bilhão em breve. 

O Brasil já produziu cinco startups unicórnios, empreendimentos avaliados em mais de 1 bilhão de dólares: o Nubank, maior banco digital fora da Ásia, a 99, aplicativo de carros compartilhados e táxis, o PagSeguro e a Stone, ambos especializados em pagamentos e a Movile, dona do iFood.

As unicórnios são o sonho de qualquer empreendedor, mas para chegar a tal ponto precisam encontrar um mercado fértil para seus serviços e ter uma solução inovadora.

Por isso, o caminho até a tão sonhada valuation de $1 bi pode demorar. No Brasil, segundo a consultoria CB Insights no jornal The New York Times, três startups podem ser as próximas unicórnios, e duas delas estão no ramo da mobilidade.

O setor, responsável por nos dar uma das primeiras unicórnios, é abundante no país por carecer de soluções específicas, devido aos problemas estruturais que o Brasil tem na área.

Para a CB Insights a Grow, empresa formada na junção da mexicana Grin, de patinetes elétricos, e a brasileira Yellow, de bicicletas compartilhadas sem estações, é uma das fortes concorrente à unicórnio.

Desde a fusão, em janeiro deste ano, a Grow passa a contar com amplos mercados – os maiores da América Latina – e um acumulado de mais de 135 mil equipamentos, entre bicicletas e patinetes.

Os serviços de compartilhamento da empresa ajudam consumidores em sua última milha, percurso final entre o destino e o ponto de descida do transporte público.

Recentemente, inclusive, a prefeitura de São Paulo soltou um decreto que favorece o uso de créditos do Bilhete Único em modais alternativos, o que pode favorecer o acesso as bicicletas e patinetes e trazer um enorme público desbancarizado à Grow.

A segunda startup no ramo de mobilidade aspirante à unicórnio é a CargoX, que conecta motoristas de caminho a empresas. A startup aproveita-se de um problema crônico de logística no Brasil: muitos motoristas voltam de suas entregas vazios, o que diminui e muito a lucratividade de cada entrega.

Para termos uma ideia, 80% das mercadorias são transitadas por caminhões no país, e  em até 43% dessas viagens os caminhões estão sem carga.

A CargoX, então, vem para otimizar e solucionar esse problema. Hoje conta com mais de 250 mil caminhoneiros e usa os dados que levanta para oferecer rotas mais seguras e tornando as viagens mais assertivas.

Confira a lista completa das 50 startups que podem virar unicórnio em breve no The New York Times.

A terceiras statup brasileira que pode virar uma unicórnio e não está no ramo de mobilidade é a QuintoAndar, especializada no aluguel de imóveis sem fiador e via internet.