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Crise no transporte público e o corte de gratuidade para idosos em SP

Executivo e Legislativo não estão atentos para o caos que vai acontecer no transporte público em 2021 no país” diz prefeito de Salvador

Na última quarta-feira de 2020, o prefeito de Salvador ACM Neto, do partido Democratas, fez um alerta quanto à possibilidade de um caos no transporte público do país em 2021. O sistema já vem enfrentando dificuldades financeiras e, em decorrência da pandemia, os problemas se intensificaram.

O prefeito cobra postura de deputados e do governo federal na resolução do problema vivido pelos municípios e Distrito Federal. A cobrança acontece em face do recente veto presidencial do auxílio de R$4 bilhões que seria destinado aos sistemas de transporte público.

“O Congresso fez lambança quanto a um projeto que depois foi vetado pelo governo. As Prefeituras vão quebrar. O país vive uma crise seríssima no transporte público e as pessoas não estão se dando conta disso. Executivo e Legislativo não estão atentos para o caos que vai acontecer no transporte público em 2021 no país. Antes de implantação de transportes novos, com respeito ao meio ambiente, é preciso fazer com que o transporte atual não pare”

alertou ACM Neto.

O prefeito ainda apontou como pontos de inflexão do problema, paralisações do setor em Recife, Rio de Janeiro e Goiânia.

“Temos problemas graves no transporte público do país, que vão exigir investimentos muito grande por parte dos governos. “

diz Neto.

Redução de verba em fundos de São Paulo atingem subsídios no transporte

O fundo municipal do Idoso em São Paulo terá corte de 91% nos recursos em comparação com o de 2020, passando de R$ 2,7 bilhões em 2020 para R$ 253,6 milhões em 2021.

Com isso, o Governo de São Paulo suspendeu a gratuidade do transporte público para idosos de 60 a 65 anos. Em nota, o Governo de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo afirmam que a mudança na gratuidade acompanha a revisão gradual das políticas voltadas ao público dessa faixa etária.

As pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 anos e inferior a 65 anos deverão providenciar a substituição do Bilhete Único Especial da Pessoa Idosa até o dia 1º de fevereiro de 2021.

“A mudança na gratuidade acompanha a revisão gradual das políticas voltadas a esta população, a exemplo da ampliação da aposentadoria compulsória no serviço público, que passou de 70 para 75 anos, a instituição no Estatuto do Idoso de uma categoria especial de idosos, acima de 80 anos, e a recente Reforma Previdenciária, que além de ampliar o tempo de contribuição fixou idade mínima de 65 anos para aposentadoria para homens e 62 anos para mulheres”

segundo nota conjunta.

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Isso é obrigatório.
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Gestão do sistema de transporte público: o que você precisa saber em 10 pontos

A ideia deste texto é levantar alguns pontos que parecem ser óbvios mas são esquecidos diariamente pelos formadores de opinião e gestores públicos, uma vez que estes imputam ao sistema de transporte coletivo todos problemas, esquecendo assim a essência do mesmo.

1. Para existir o deslocamento é necessário antes existir o desejo de viagem.

2. O transporte não é um objetivo em si, é somente um meio para se atingir um objetivo.

3. Não há nada que seja realmente gratuito.

4. A tarifa possui um preço definido, mas o valor do serviço é subjetivo.

5. Sem receita, tarifária ou não, não há investimento; sem investimento não há inovação; e sem inovação não há adição de valor ao serviço.

6. Gastos são custos. O multiplicador da oferta implica a multiplicação dos custos.

7. A mobilidade em uma sociedade emerge dos deslocamentos voluntários de indivíduos. Dado que todas as escolhas voluntárias envolvem o julgamento subjetivo de situações futuras, cada indivíduo tem a capacidade de saber quais bens e serviços são os mais adequados para ele e para a sociedade. Idealmente, o governo estaria limitado apenas à proteção dos direitos básicos de cada cidadão, mas, como o conhecemos, protege apenas seus favoritos e viola os mais básicos direitos de ir e vir do cidadão comum, provocado pelo excesso de veículos nas vias.

8. O transporte, por si só, não cria valor. Para ter valor, um serviço tem de ser útil e demandado por consumidores que voluntariamente querem consumi-lo.

9. As crises que atingem o transporte coletivo são apenas a revelação de que havia um conjunto de descoordenações e ações errôneas e insustentáveis em relação ao planejamento urbano e de uma política expansionista. O governo não deve apenas estimular o espraiamento urbano, ele deve permitir que o planejamento urbano e o de transporte se desenvolvam juntos.

10. Operadores empreendedores possuem um papel indispensável para o sistema de transporte coletivo. Empreendedores estão sempre alertas para as oportunidades e estão sempre fazendo julgamentos acerca das demandas futuras. Os governos bem-sucedidos são aqueles que possuem maior capacidade para conservar e exercer o equilíbrio dentro do sistema, sem demagogia e também sem sufocar as inovações.

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6 motivos para investir em chatbots agora mesmo

Tendência em automação de atendimentos vai ao encontro da transformação digital

Chatbots são cada vez mais comuns em nossas vidas, presentes em aplicativos, sites e sistemas operacionais. No Brasil, a criação de bots para os mais diversos fins tem se intensificado. De acordo com a pesquisa Mapa do Ecossistema de Bots (Mobile Time/Opinion Box, 2019), houve um aumento de 100% no número de mensagens trocadas em chatbots de 2017 para 2019, saindo de 500 milhões de mensagens/mês para 1 bilhão/mês. 

Os números vão ao encontro das mudanças de comportamento do consumidor, que busca ter menos aplicativos instalados, com chatbots podem resolver problemas direto em apps que já possuem (Facebook, WhatsApp, etc.), além do desejo de entrar em contato com empresas sem precisar ligar e ter respostas diretas e rápidas e a interação com aplicativos de mensagem, que chega a 100% dos usuários de internet. 

Na conferência Super Bots Experience 2019, evento que reúne líderes brasileiros na área, incluindo o editor-geral do Agora é Simples e CEO da OnBoard, Luiz Renato M. Mattos, a tônica foi o aprofundamento da tendência de chatbots em nichos de mercado, com desenvolvedores especializados em segmentos, como a saúde, segurança e mobilidade urbana. 

Para entender o atual contexto de expansão desse mercado, é necessário abordar as vantagens do investimento em chatbots, adotados por empresas de diferentes tamanhos e segmentos. 

Eficiência operacional 

Chatbots podem ser usados em diferentes âmbitos, tanto na relação com o público externo quanto interno. Processos comunicacionais, de educação, qualificação de clientes, pesquisas, agendamentos e reservas podem ser automatizados. 

Marcel Cunha, CTO da OnBoard Mobility, que desenvolve chatbots para o setor de mobilidade urbana, afirma que essas soluções agilizam processos rotineiros. “Ficou claro que os chatbots, principalmente por estarem rodando, em grande maioria, nas redes sociais, são um ótimo canal de comunicação com os usuários, e que eles podem ser utilizados como uma excelente fonte de informação e automatização de processos com grande alcance.”

O potencial dessa eficiência a partir de chatbots, no entanto, precisa ser explorado, não se limitando às primeiras etapas de automação. “Estamos muito “apegados” a soluções que usam os chatbots para automação de processos e respostas, mas esquecemos do fato que os mesmos podem ser um canal de comunicação excelente”, afirma o executivo. 

São complementares aos aplicativos

Há indícios de que chatbots complementam aplicativos na medida em que atendem clientes que antes faziam uso de serviços presenciais e não por outros aplicativos. É o que indica um estudo exploratório da OnBoard Mobility divulgado na comunidade Bots Brasil. 

De acordo com a pesquisa feita com sua base de clientes do aplicativo e do chatbot de recarga do Bilhete Único de São Paulo, a maioria dos que compram créditos por chatbot faziam antes em estações de trem e metrô.

Por outro lado, quem usa o app já usava outros apps antes e tinha menor tendência a comprar créditos em lugares físicos.

Tendemos a acreditar que o digital é ter um aplicativo, mas muitas vezes o cliente não está no digital, pois ele não possui mais espaço para instalação de aplicativos em seu smartphone. Ao analisar o perfil do usuário de smartphones no Brasil, pode-se perceber que muitos possuem pouco espaço de armazenamento disponível e, portanto, um chatbot em app já baixado (como Messenger ou WhatsApp) é mais viável do que a instalação de mais um aplicativo com função específica. 

Sendo assim, de maneira exploratória é possível perceber que aplicativos e chatbots são complementares, e não concorrentes. Chatbots representam um novo canal de relacionamento alinhado às necessidades dos consumidores atuais, sem apresentar um risco ou um investimento duplo se comparado aos aplicativos. 

Redução de custos

Atendimento

Milhões de empregos estão em franca transformação e no setor de atendimento chatbots têm destaque especial. Companhias estão descobrindo que os consumidores estão cada vez mais preparados para receber atendimentos por robôs e, caso esse tipo de atendimento represente uma conversa direta, sem filas e com fácil resolução, é até mesmo preferível do que o atendimento humano. 

Somado a predisposição de digitalização das relações, as funções do mercado de trabalho serão cada vez mais tecnológicas, com profissionais novos ou já atuantes tendo a necessidade de conhecer processos inovadores em contraponto aos postos que deixarão de existir. 

O professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, Yuval Harari, autor do best-seller “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade”, lembra que não é errado ou ruim acabar com funções repetitivas e chatas. Ele defende que novos trabalhos sejam criados no lugar, principalmente aqueles onde as habilidades únicas de humanos façam a diferença. “O que precisamos realmente proteger não são os empregos, são os humanos”.

A pesquisa “AI em Fintech: Roboadvisors, Lending, Insurtech & Regtech 2019-2023” analisa que o setor financeiro deve reduzir US$ 7,3 bilhões em custos com a adoção de chatbots inteligentes. No Brasil, já há indícios de que essa transformação esteja acontecendo, como a redução de 25% dos atendimentos por telefone no transporte público da região metropolitana de Belo Horizonte com automação por chatbots.

Chatbots como sistemas de atendimento fazem com que o custo por chamado seja inversamente proporcional à capacidade de atendimento, ou seja, quanto mais atendimentos por chatbots menor o custo por chamado, ao passo que, com funcionários, o custo aumenta de forma linear com o acréscimo de salários e infraestrutura. 

Em contraponto à redução de funcionários no atendimento, o uso bem feito de chatbots abre margem para análise profunda do comportamento do consumidor, o que qualifica empresas para trabalhar com inteligência de mercado, área responsável por  captar informações da ponta, ou seja, dos clientes, interpretar e levá-las para a área de negócios, possibilitando o desenvolvimento de soluções. 

A inteligência de mercado ainda é pouco explorada no Brasil, principalmente devido aos altos custos e dificuldades em obter as informações e ferramentas para tal. Experiências ruins com chatbots também inviabilizam todo o potencial da solução em gerar insights de mercado, portanto escolher criteriosamente o parceiro de desenvolvimento é fundamental para o sucesso da iniciativa de chabot.  

Com a redução do atendimento feito por humanos, empresas podem reduzir também seus custos treinando novos funcionários, tema do próximo tópico. 

Treinamento 

O índice de rotatividade das empresas representa a taxa média de demissões (voluntárias e involuntárias) de uma empresa e, em empresas saudáveis, essa rotatividade encontra-se na média de 5%, embora possa ser muito maior em alguns setores/culturas empresariais. 

A cada nova demissão e recontratação, as empresas gastam com treinamento do novo colaborador. Na área de atendimento, em especial, é inevitável o treinamento e, neste setor no Brasil, os índices de rotatividade podem passar dos 10% ao mês. Isso significa que, a cada 10 meses, todos funcionários de atendimento são trocados, implicando em custos com rescisão, contratação e treinamentos que, com a recorrência que ocorrem, podem ser considerados praticamente como um custo fixo para empresa.

Esse trecho sintetiza bem o espírito de nosso tempo: trabalhos desaparecerão, mas novas posições complexas e intrinsecamente humanas, sobretudo analíticas, serão mais essenciais do que nunca. Aos chatbots reserva-se as funções que podem ser automatizadas com redução de custos, otimização de tempo e evolução constante na integração robô-cliente. 

Retrabalho

Esse ponto é bastante simples: robôs não erram! Tarefas repetitivas podem levar humanos à exaustão e, por consequência, ao erro, perdendo um tempo posterior de correção dessas falhas. 

Robôs, ao contrário, são excelentes em repetir ações e com o uso de Inteligência Artifical e Machine Learning, até mesmo podem aprender com novas interações. Portanto, escolher um chatbot para determinadas funções reduz o tempo com retrabalho. 

Capacidade de atendimento em alta demanda

Equipes de atendimento possuem limitações, sobretudo em momentos excepcionais, como crises com a marca/empresa e promoções. Problemas externos também podem afetar a capacidade de atendimento ao usuário. 

Na pandemia do Covid-19, por exemplo, o número de conversas por chatbot cresceu 100% nos países em que a Ibenta, divulgadora do dado, tem sede e clientes na área. São nações como Brasil, China, Estados Unidos, Japão, Austrália e alguns países da Europa. 

Em um contexto de alta incerteza, companhias aéreas, bancos, agências de viagem e telecomunicações recebem um grande número de chamadas que, mesmo se aumentarem o número de atendentes, dificilmente conseguiriam atender toda a demanda. Outros setores sofrem ainda com a redução da jornada de trabalho de seu time de atendimento, comprometendo a eficiência operacional. 

Chatbots, por sua vez, estão disponíveis aos consumidores 24 horas, 7 dias por semana. Enquanto atendem dúvidas recorrentes e fazem serviços comuns, a equipe de atendimento pode se concentrar na resolução de problemas mais profundos. 

Além disso, o padrão de atendimento continua o mesmo independentemente do número de chamados – ou até mesmo do humor do atendente em determinado dia – garantindo constância na experiência. 

Por todas essas razões fica evidente que empresas de todos os tamanhos podem investir em chatbots e otimizar suas operações, garantindo rapidamente o retorno do investimento. Consumidores satisfeitos e redução de custos são a máxima do nosso tempo e chatbots são um dos caminhos para esses objetivos.

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