Abordamos as principais notícias da última semana em uma leitura rápida e informativa. Comece a semana conectado no mundo. Não durma no ponto!
Mas o valor não era outro?
Você provavelmente já fez essa pergunta algum dia da sua vida. É como passar uma compra no caixa e aparecer outro valor do que esperava.
Isso foi o que aconteceu com algumas pessoas em São Paulo, porém ocorreu no transporte público.
Quem utiliza o vale-transporte se assustou quando passou o cartão no validador e, ao invés do valor comum de R$4,40, o dispositivo debitou R$4,83.
“Ah, mas as pessoas estão reclamando por 40 centavos?”
Você que pensa!
Vamos para as continhas. Se considerarmos 2 passagens de ônibus por dia dentro de 21 dias úteis, teremos 42 passagens por mês. Logo:
R$4,40 x 42 dias úteis = R$184,80/mês
R$4,83 x 42 dias úteis = R$202,86/mês
Uma diferença de R$18,06/mês, ou R$216,72 no ano!
Meu caro, para bons trabalhadores da grande São Paulo, esse valor faz diferença.
Importante relembrarmos também que o vale-transporte vendido em São Paulo já custava mais caro para o empregador, que é quem compra os créditos para seus empregados. No entanto, o valor descontado sempre foi o mesmo para quem utilizava. O que muda agora é que o vale-transporte ficou mais caro para todos, ou seja, para quem compra e para quem usa.
E outra, sabendo que o vale-transporte é a principal receita de qualquer sistema de transporte no Brasil – porque é a forma mais “garantida” e mais antecipada de todas – faz com que, aumentar o valor do vale-transporte seja cobrar mais caro do seu cliente mais fiel.
Isso é um erro em qualquer negócio de qualquer segmento, e se agrava no transporte coletivo!
Aumentar o valor do vale-transporte em um momento em que as empresas estão experimentando o home office pode gerar um efeito catastrófico em uma linha de receita tão importante.
Há anos os aumentos sucessivos de tarifas já deixaram de ser soluções paliativas e passaram a ser catalisadores da falência do sistema.
Medidas como essa apenas mostram que alguns gestores e operadores do transporte não aprenderam nada ou simplesmente não querem enfrentar o problema como ele deve ser enfrentado.
Não adianta aumentar o valor da passagem e soltar veículos de qualquer forma na rua.
Quando os conflitos são com a sociedade, o órgão gestor também entra em ação.
Um bom gestor do transporte público deve pensar nas diversas interações que o sistema possui, de dentro para fora, do nível micro para o macro.
Mas então, qual é o papel do bom gestor no transporte público?
Nosso colunista Rafael Pereira aborda as principais partes envolvidas a qual o bom gestor deve conhecer. Leia aqui.
Falando em gestão do transporte, talvez o auxílio de R$4 bi não seja suficiente
Se você não lembra de qual auxílio do transporte estamos falando, clique aqui.
O montante parece muito, mas o setor de transportes sozinho projeta um prejuízo próximo dos R$ 10 bilhões até o fim do ano, segundo a NTU.
E mais: o auxílio será repartido entre estados e municípios e o transporte público coletivo terá prioridade.
A pergunta que fica é: mas e os trens e metrôs?
Especialistas veem prejuízos nesta partilha. Entenda o por quê.
Enquanto o sistema sobre rodas enfrenta dificuldades, empresas projetam veículos voadores
Aposto que você já lembrou dos Jetsons. Mas longe de ficar apenas na imaginação, os carros voadores estão bem próximos de se tornarem reais!
Embora conhecidos como “carros voadores”, o termo agora são Aeronaves de Decolagem e Pouso Vertical (VTOLS), com sistema elétrico (eVTOLS) ou táxis aéreos.
Desenvolvidos por startups e empresas aeroespaciais como Embraer, os eVTOLS podem mudar a infraestrutura de cidades como um todo. Eles estão vindo principalmente do Vale do Silício, Pittsburgh, Eslovênia e China.
É provável que vejamos primeiro os veículos voadores entregando carga para áreas afastadas ou transportando suprimentos para zonas de desastre inacessíveis.
Embora a gente fique empolgado e já queira financiar o nosso próprio carro voador, ele só será prático para as pessoas super-ricas. Além de serem caros, seria necessário um bom planejamento financeiro para mantê-los, armazená-los e pousá-los, o que exige mais do que uma simples garagem.
A tática da Uber para tornar o serviço mais acessível, os táxis aéreos deverão voar de forma autônoma, eliminando a despesa de pagar um piloto.
Um ponto levantado pelo Sanjiv Singh, professor pesquisador do Instituto de Robótica da Carnegie Mellon, disse:“se algo de ruim acontecer [quando dirige um carro normal], você pode parar. Para um veículo aéreo, este é um problema significativo. ”Ou seja, pode cair do céu!
Mas calma, entrevistamos a Major Aviadora Daniele Lins, que é Chefe da Seção de Planejamento de Sistema de Aeronave não Tripulada (DPLN) do Departamento do Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e ela nos respondeu sobre as questões regulatórias e de segurança. Saiba mais.
Enquanto o carro voador não chega, São Paulo insere nova rede de ônibus na cidade
Após um ano da assinatura dos contratos vigentes na Grande São Paulo, o sistema de transporte terá 36 meses para se adequar – e as mudanças já começaram.
No domingo, dia 06 de setembro de 2020, era previsto a implementação de 13 mil coletivos para transportar mais de 3,3 milhões de pessoas por dia (o que equivale a aproximadamente 9,5 milhões de registros de passagens diários) – números sem considerar os efeitos da pandemia.
Com a licitação, o sistema de ônibus, que tinha apenas dois tipos de serviço, foi dividido em três subsistemas com possíveis transferências de linhas. Outros pontos também serão alterados. Saiba mais.
Mudanças no setor de transporte são promovidas através de políticas públicas em Belo Horizonte
Assim como a vereadora Nely Aquino disse, “só quem utiliza lotação é quem sabe o que realmente vive a mulher na atual sociedade”.
Discussões relacionadas ao abuso sexual e moral de mulheres e grupos marginalizados têm se tornado cada vez mais comuns. Com isso, o Projeto de Lei, aprovado na Câmara no dia 1º de setembro de 2020, visa ações para combater o assédio sexual no transporte público em BH.
A necessidade de conscientização e ações da sociedade como um todo contribui para o desenvolvimento de todos. Devemos lutar em prol ao combate do assédio sexual e moral de mulheres e grupos marginalizados.
A mobilidade urbana é para todas as pessoas.
Chegamos no ponto final.
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