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Aumento do vale-transporte em SP, carros voadores & mais – Não durma no ponto!

Abordamos as principais notícias da última semana em uma leitura rápida e informativa. Comece a semana conectado no mundo. Não durma no ponto!

Mas o valor não era outro?

Você provavelmente já fez essa pergunta algum dia da sua vida. É como passar uma compra no caixa e aparecer outro valor do que esperava.

Isso foi o que aconteceu com algumas pessoas em São Paulo, porém ocorreu no transporte público. 

Quem utiliza o vale-transporte se assustou quando passou o cartão no validador e, ao invés do valor comum de R$4,40, o dispositivo debitou R$4,83.

“Ah, mas as pessoas estão reclamando por 40 centavos?”

Você que pensa! 

Vamos para as continhas. Se considerarmos 2 passagens de ônibus por dia dentro de 21 dias úteis, teremos 42 passagens por mês. Logo:

R$4,40 x 42 dias úteis = R$184,80/mês

R$4,83 x 42 dias úteis = R$202,86/mês

Uma diferença de R$18,06/mês, ou R$216,72 no ano!

Meu caro, para bons trabalhadores da grande São Paulo, esse valor faz diferença.

Importante relembrarmos também que o vale-transporte vendido em São Paulo já custava mais caro para o empregador, que é quem compra os créditos para seus empregados. No entanto, o valor descontado sempre foi o mesmo para quem utilizava. O que muda agora é que o vale-transporte ficou mais caro para todos, ou seja, para quem compra e para quem usa.

E outra, sabendo que o vale-transporte é a principal receita de qualquer sistema de transporte no Brasil – porque é a forma mais “garantida” e mais antecipada de todas – faz com que, aumentar o valor do vale-transporte seja cobrar mais caro do seu cliente mais fiel. 

Isso é um erro em qualquer negócio de qualquer segmento, e se agrava no transporte coletivo!

Aumentar o valor do vale-transporte em um momento em que as empresas estão experimentando o home office pode gerar um efeito catastrófico em uma linha de receita tão importante.

Há anos os aumentos sucessivos de tarifas já deixaram de ser soluções paliativas e passaram a ser catalisadores da falência do sistema

Medidas como essa apenas mostram que alguns gestores e operadores do transporte não aprenderam nada ou simplesmente não querem enfrentar o problema como ele deve ser enfrentado.

Não adianta aumentar o valor da passagem e soltar veículos de qualquer forma na rua.

Quando os conflitos são com a sociedade, o órgão gestor também entra em ação.

Um bom gestor do transporte público deve pensar nas diversas interações que o sistema possui, de dentro para fora, do nível micro para o macro.

Mas então, qual é o papel do bom gestor no transporte público?

Nosso colunista Rafael Pereira aborda as principais partes envolvidas a qual o bom gestor deve conhecer. Leia aqui.

Falando em gestão do transporte, talvez o auxílio de R$4 bi não seja suficiente

Se você não lembra de qual auxílio do transporte estamos falando, clique aqui.

O montante parece muito, mas o setor de transportes sozinho projeta um prejuízo próximo dos R$ 10 bilhões até o fim do ano, segundo a NTU.

E mais: o auxílio será repartido entre estados e municípios e o transporte público coletivo terá prioridade. 

A pergunta que fica é: mas e os trens e metrôs?

Especialistas veem prejuízos nesta partilha. Entenda o por quê.

Enquanto o sistema sobre rodas enfrenta dificuldades, empresas projetam veículos voadores

Aposto que você já lembrou dos Jetsons. Mas longe de ficar apenas na imaginação, os carros voadores estão bem próximos de se tornarem reais!

Embora conhecidos como “carros voadores”, o termo agora são Aeronaves de Decolagem e Pouso Vertical (VTOLS), com sistema elétrico (eVTOLS) ou táxis aéreos. 

Desenvolvidos por startups e empresas aeroespaciais como Embraer, os eVTOLS podem mudar a infraestrutura de cidades como um todo. Eles estão vindo principalmente do Vale do Silício, Pittsburgh, Eslovênia e China.

É provável que vejamos primeiro os veículos voadores entregando carga para áreas afastadas ou transportando suprimentos para zonas de desastre inacessíveis. 

Embora a gente fique empolgado e já queira financiar o nosso próprio carro voador, ele só será prático para as pessoas super-ricas. Além de serem caros, seria necessário um bom planejamento financeiro para mantê-los, armazená-los e pousá-los, o que exige mais do que uma simples garagem.

A tática da Uber para tornar o serviço mais acessível, os táxis aéreos deverão voar de forma autônoma, eliminando a despesa de pagar um piloto. 

Um ponto levantado pelo Sanjiv Singh, professor pesquisador do Instituto de Robótica da Carnegie Mellon, disse:“se algo de ruim acontecer [quando dirige um carro normal], você pode parar. Para um veículo aéreo, este é um problema significativo. ”Ou seja, pode cair do céu!

Mas calma, entrevistamos a Major Aviadora Daniele Lins, que é Chefe da Seção de Planejamento de Sistema de Aeronave não Tripulada (DPLN) do Departamento do Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e ela nos respondeu sobre as questões regulatórias e de segurança. Saiba mais.

Enquanto o carro voador não chega, São Paulo insere nova rede de ônibus na cidade

Após um ano da assinatura dos contratos vigentes na Grande São Paulo, o sistema de transporte terá 36 meses para se adequar – e as mudanças já começaram.

No domingo, dia 06 de setembro de 2020, era previsto a implementação de 13 mil coletivos para transportar mais de 3,3 milhões de pessoas por dia (o que equivale a aproximadamente 9,5 milhões de registros de passagens diários) – números sem considerar os efeitos da pandemia.

Com a licitação, o sistema de ônibus, que tinha apenas dois tipos de serviço, foi dividido em três subsistemas com possíveis transferências de linhas. Outros pontos também serão alterados. Saiba mais.

Mudanças no setor de transporte são promovidas através de políticas públicas em Belo Horizonte

Assim como a vereadora Nely Aquino disse, “só quem utiliza lotação é quem sabe o que realmente vive a mulher na atual sociedade”

Discussões relacionadas ao abuso sexual e moral de mulheres e grupos marginalizados têm se tornado cada vez mais comuns. Com isso, o Projeto de Lei, aprovado na Câmara no dia 1º de setembro de 2020, visa ações para combater o assédio sexual no transporte público em BH.

A necessidade de conscientização e ações da sociedade como um todo contribui para o desenvolvimento de todos. Devemos lutar em prol ao combate do assédio sexual e moral de mulheres e grupos marginalizados.

A mobilidade urbana é para todas as pessoas.

Chegamos no ponto final.

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Auxílio de R$4 bi ao transporte pode ser ineficiente, afirmam entidades do setor

Especialistas e associações como NTU e ANPTrilhos apontam a imprevisibilidade de recuperação do transporte público e as necessidades a serem atendidas pelo setor

O auxílio de R$ 4 bilhões destinados ao setor de transporte público coletivo no país foi aprovado na última quarta-feira (26) por votação na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado. A verba servirá para cobrir as perdas decorrentes da pandemia no setor. No entanto, especialistas e políticos apontam não ser suficiente para salvar o sistema. 

“É um montante que vai nos ajudar bastante. Vai auxiliar a retomar a organização, a reorganizar o sistema, cobrir as deficiências que a gente verificou nos últimos cinco meses. Porém, o tamanho do problema ainda é um pouco maior do que esse que apresenta no projeto de lei.”

– de acordo com Rodrigo Tortoriello, secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, à Redação Guaíba.

Segundo o diretor da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), Marcos Bicalho, em debate no iNFRA livre, o setor sozinho projeta um prejuízo próximo dos R$ 10 bilhões até o fim do ano. Assim, especialistas apontam a necessidade do Brasil avançar na construção de políticas públicas sobre o transporte, como existem para educação e saúde, e indicam a necessidade de uma junção de ações dos governos.

As propostas de ações envolvem implantação obrigatória de novos sistemas de bilhetagem, reorganização do sistema de linhas e redistribuição dos horários dos trabalhadores, pelo menos no setor público dos grandes centros. No entanto, a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) informa pontos a serem repensados no projeto de lei.

O artigo 3º do substitutivo apresenta previsão de prioridade para alocação dos recursos à prestação do serviço de transporte público coletivo de passageiros. Essa priorização coloca em risco os demais modais de transporte do país.

“As empresas de transporte, em todo o País e de todos os modos (ferroviário, aquaviário, rodoviário e aéreo), passam por uma grave crise de demanda, necessitando, portanto, de dinheiro em caixa para poder honrar seus compromissos financeiros e manter as operações em andamento.”

– de acordo com nota da ANPTrilhos.

Outro ponto abordado é o artigo 7º que se refere à divisão dos recursos. O projeto prevê a destinação de 70% do auxílio para municípios e 30% para Estados e Distrito Federal. Essa diferença impacta diretamente na gestão dos sistemas, visto que trens e metrôs são de responsabilidades exclusivas do Estado. Sem suporte financeiro, as atividades podem ser suspensas. Os operadores de transporte por trilhos também já consolidam um déficit de mais de R$ 4,5 bilhões, segundo ANPTrilhos.

Todavia, o projeto apresenta condições para liberação dos recursos, exigindo que haja revisão dos contratos de prestação do serviço de transporte público coletivo que contemple, no mínimo, acréscimo de receitas e redução de custos. Algumas empresas do setor já informaram a desvinculação do custeio do sistema à receita tarifária. 

Conjuntamente, como parte da solução, a ANPTrilhos apela para que o Parlamento busque um tratamento igualitário dos diversos sistemas. Porém, enquanto o socorro não chega, Estados e municípios têm de garantir os serviços para a população.

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NTU propõe Plano Emergencial no Transporte Público para evitar quebras

O Ministério da Economia analisa a proposta e o Congresso Nacional tem aplicado algumas medidas no transporte público coletivo

Foto: Alf Ribeiro.

A pandemia gerou um impacto enorme no setor de transporte público, entre o início da quarentena até 30 de abril, 314 cidades tiveram uma média de 25% de redução na oferta de ônibus em todo país – com percentuais variados – sendo que 181 apresentaram paralisação total do serviço, de acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Além da redução na frota, houve queda de 80% no número de passageiros transportados na média nacional, ou seja, o transporte continuou sendo ofertado em volume acima do número de passageiros transportados, o que causou grave desequilíbrio financeiro. Estima-se que os prejuízos chegaram a R$2,5 bilhões mensais em março, caindo ao longo de abril para R$ 1,1 bilhão/mês, segundo cálculos da Associação.

Diante de um cenário crítico, o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) elaboraram o Programa Emergencial Transporte Social, endossado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o qual foi proposto ao governo federal como solução para o transporte público.

O Programa consiste em um valor repassado pelo poder público para que possa suprir o desequilíbrio econômico das empresas de transporte, onde, no caso, será destinado à créditos eletrônicos de transporte (passagens) para beneficiários de programas sociais federais, como o Bolsa Família e o Auxílio Desemprego. A proposta é que o valor seja repassado enquanto persiste a crise da Covid-19, assegurando liquidez aos operadores. 

“Não estamos pedindo auxílio financeiro, mas propondo a venda antecipada do serviço para atender aos mais necessitados. Trata-se de medida emergencial, decisiva para manter a operação do transporte público”

Otávio Cunha, presidente executivo da NTU.

O valor da compra de passagens seria destinado a ajudar a cobrir a folha de pagamento das empresas, sendo priorizado o pagamento de salários para as pessoas que se enquadram em situação de risco e foram afastadas do trabalho, e a compra de combustível, para evitar quebra e manter uma operação mínima nas cidades. 

Para os clientes do transporte público, de acordo com a proposta, os créditos podem ser utilizados ao longo dos 12 meses seguintes à aquisição, em horários fora do pico, sem validade após esse prazo. 

A proposta foi encaminhada ao Ministro da Economia, Paulo Guedes. Como forma de dar encaminhamento, o Ministério da Economia organizou um grupo técnico de trabalho com participação da NTU para discutir alternativas. O grupo se reúne por videoconferências regularmente, mas até o momento não conseguiu definir soluções concretas.

Em abril, durante entrevista coletiva, Paulo Guedes defendeu que parte dos recursos do programa Pró-Brasil, destinados para recuperação econômica da crise gerada pelo avanço do novo coronavírus, fosse revertida para o financiamento do transporte público. No entanto, o que se tem até agora é um interesse muito maior sobre esse assunto pelo Poder Legislativo do que pelo Executivo Federal.

Para isso, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional) encaminhou ofício ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitando a atuação e os esforços de seu ministério para a aprovação do Programa Transporte Social. A Ordem destaca que o transporte é “direito social” consagrado pela Constituição Federal e serviço essencial (art. 30, inciso V), cujo objetivo é contribuir na garantia de outro direito constitucional, ou seja, o direito de ir e vir (art. 5°, inciso XV), sendo que, notadamente, o transporte coletivo urbano é a figura em destaque nesse contexto.

Outras medidas de auxílio estão sendo aprovadas, no meio tempo, com foco no transporte público no país, como Curitiba (PR), Vitória (ES), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA). No entanto, para a grande maioria das cidades, o futuro do transporte público coletivo é uma incógnita, especialmente no pós-pandemia. 

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Coronavírus: transporte público pode perder até 50% dos passageiros, diz entidade

Para Associação Nacional das Empresas de Transporte Público é necessário olhar atento do poder público ao setor.

Via NTU

Nos últimos dias houve redução de aproximadamente 30% da demanda de passageiros de transporte público coletivo urbano por ônibus em algumas cidades brasileiras em decorrência das medidas de distanciamento social e de flexibilização das atividades laborais, tais como o trabalho à distância (home office) e paralisação de atividades, devido ao avanço do coronavírus no país. Estima-se que metade desse total, 15%, se deve à suspensão das atividades educacionais e fechamento de escolas. O agravamento da situação poderá gerar impacto de mais de 50% na queda de passageiros, segundo levantamento preliminar da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que representa o setor.

Para fazer frente a esse quadro, a entidade defende a flexibilização temporária da oferta, com readequação da frequência e do número de ônibus, em decisão conjunta com o poder público local. “Não faz sentido ter ônibus rodando vazios só para cumprir um planejamento feito antes da pandemia, e que não se aplica mais neste momento”, pondera o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha. Ele lembra que essa medida foi adotada em algumas cidades e pela Diretoria de Transportes Rodoviários do Rio Grande do Sul em relação ao transporte intermunicipal daquele estado.

Numa situação extrema, de limitação de todo e qualquer deslocamento não essencial, como já vem ocorrendo em várias cidades da Europa, a NTU estima que grande parte do serviço de transporte público ficaria ocioso devido à redução de praticamente toda a demanda. “É importante frisar que, pela natureza essencial desse serviço público, seria necessário manter uma oferta mínima para atender aos passageiros que não têm outra alternativa de deslocamento”, esclarece o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha.

Diante desse cenário e com a expectativa de forte redução do número de passageiros tendo em vista o crescimento previsto do número de casos do Covid-19, a NTU reivindica que sejam adotadas, desde já, medidas especiais e emergenciais para assegurar a continuidade do transporte público urbano em todo o país, nas condições estipuladas pelas autoridades públicas, de forma que mesmo em situação de queda drástica da receita, as empresas operadoras possam sobreviver frente às obrigações financeiras para manter os serviços em funcionamento.

O pleito a ser encaminhado ao Governo Federal consiste na instituição de um fundo nacional de emergência que possa complementar o déficit previsto entre custos e receitas das empresas operadoras de transporte público coletivo urbano e de caráter urbano.

Otávio Cunha reconhece a grande responsabilidade social do setor de transporte público coletivo, que tem que ofertar um serviço que atenda os atributos de universalidade, continuidade e preços módicos, mas vê grandes dificuldades pela frente. “Estamos falando de um setor responsável por 86% das viagens realizadas em modos de transportes coletivos urbanos em todo o país. O setor deve seguir todas  as recomendações das autoridades públicas sobre a oferta dos serviços, mas, para isso, precisa ter garantido o equilíbrio financeiro das operações, visto que, de forma geral, as empresas estão debilitadas, já que enfrentam há tempos uma crise decorrente da queda sistemática de demanda, e não vão aguentar mais esse baque”.

Em São Paulo o prefeito Bruno Covas divulgou decreto que autoriza redução na operação dos ônibus em caso de queda acentuada de demanda. No Rio, algumas estações de trens da Supervia começam a ser fechadas.

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OnBoard Mobility vence desafio de inovação da NTU

Bilhete Digital foi a proposta mais bem avaliada

No último dia 21 o Seminário Nacional da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) abriu espaço para startups de mobilidade com seu programa de inovação o COLETIVO.

O projeto visa fomentar o desenvolvimento de novas soluções para o transporte público e o contato entre empresas emergentes e as operadores do transporte coletivo urbano.

O programa COLETIVO contou com algumas etapas de seleção e no Seminário 6 startups tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos para uma platéia especializada na área.

A vencedora foi a OnBoard Mobility, criadora do Agora é Simples. Com sua solução de Bilhete Digital a startup foi premiada e será encubada pela NTU durante 6 meses, processo que colocará a empresa em contato com agentes importantes do mercado e fornecerá o apoio necessário para a aplicabilidade do projeto.

O Bilhete Digital, proposto pela startup, consiste na digitalização dos cartões de transporte, como o Bilhete Único. Os atuais sistemas de bilhetagem eletrônica são bastante caros e pouco flexíveis. Com o Bilhete Digital projeta-se uma carteira digital do transporte público que abranja outros serviços.

Hoje, o crédito no cartão serve apenas para transporte coletivo urbano, mas poderia servir também para transporte rodoviário, bicicletas, táxis, patinetes e pagamento de contas e compras. Com as margens de cada transação o transporte público consegue uma nova fonte de receita para investir em melhorias estruturais, algo impensável com a crise atual.

Além disso, o Bilhete Digital promete renovar a relação dos consumidores com os sistemas de transporte, deixando no passado filas para recarga, renovação de benefícios e confecção de cartão, como comenta Luiz Renato M. Mattos, CEO da OnBoard Mobility.

As outras competidoras no podium do desafio COLETIVO da NTU foram a Nina Mobile e a Areja.

A Nina é um botão em aplicativos de transporte coletivo urbano que registra casos de assédio. Suas APIs podem se integrar ao app principal de transportes da cidade, como é o caso de Fortaleza. As denúncias ajudam na notificação dos crimes e geram dados para o poder público combater as violências baseadas em gênero bastante comuns no país.

Segundo informações da operação Nina em Fortaleza a cidade registra casos de assédio a mulheres a cada 3 horas no transporte público.

Outra colocada foi a Areja, dispositivo colocado na carroceria dos ônibus que permite a refrescamento do ambiente sem os altos investimentos em ar-condicionado. Apresenta-se como uma alternativa viável economicamente para qualificação das viagens por ônibus com menos investimentos e gasto de energia.

Foto: NTU

O Seminário Nacional da NTU aconteceu entre 20 e 22 de agosto em Brasília. O evento acontece todos os anos.

OnBoard Mobility apresentará o Bilhete Digital no Seminário Nacional da NTU

Em Brasília, startup é uma das participantes do Pitch Day do programa COLETIVO

Em busca de inovação em soluções para o transporte público a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) promove, em seu Seminário Nacional, o Pitch Day das 6 startups finalistas de seu programa de inovação o COLETIVO. 

A proposta do programa é conectar agentes engajados na inovação nos transportes com os principais líderes do setor. No Pitch Day as finalistas apresentarão suas propostas para o júri especializado e uma das startups será selecionada para um programa de aceleração de 6 meses com a NTU.

Será a primeira vez que a OnBoard Mobility, criadora do Agora é Simples, apresentará seu Bilhete Digital para o grande público. A proposta, baseada em hardware periférico e de software livre vem com o objetivo de acrescentar um novo canal de acesso ao transporte público: o celular, com acesso por QR Code. 

Modelo de hardware em desenvolvimento pela startup.

Além disso, busca-se dar independência às empresas de transporte desenvolverem nesse novo sistema digital, a partir de um software livre – o Android. 

A startup hoje está no programa de inovação aberta da Liga Ventures com o Grupo Comporte e desenvolve testes na Baixada Santista. A expectativa é que o piloto esteja rodando até o final do ano e as primeiras cidades recebam a nova bilhetagem digital no primeiro semestre de 2020. 

O Seminário Nacional da NTU acontece em Brasília nos dias 20 e 21 de agosto. As inscrições estão encerradas. 

Programa de inovação no transporte público seleciona startups finalistas

O COLETIVO, da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, busca aproximaçaõ com setor de inovação disruptiva

A NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) selecionou 6 startups para o desafio final do seu programa de inovação, o COLETIVO.

As 6 empresas de tecnologia submeteram as melhores propostas para inovação do transporte público e apresentarão seus projetos no Pith Day do Seminário Nacional da NTU, que acontece em Brasília entre os dias 20 e 22 de agosto.

Em seu site, a NTU descreve os objetivos do programa COLETIVO:

● Formação de parcerias estratégicas
● Fomento de relações positivas entre os atores do ecossistema
● Criação de um Hub de Inovação para promoção de atividades
● Fomento de relações positivas entre os atores do ecossistema
● Criação de um Hub de Inovação para promoção de atividades
● Captação de ideias e propostas inovadoras ● Captação de ideias e propostas inovadoras

Entre as áreas contempladas estão bilhetagem eletrônica, meios de pagamento, telemetria, sistemas de informação ao usuário, redução de custos, relacionamento e retenção de clientes, equipamentos embarcados, monitoramento de frota e infraestrutura e operação.

Uma das iniciativas será eleita a vencedora do desafio e, com isso, poderá participar dos 6 meses de aceleração da NTU, com apoio para aplicação dos projetos e parcerias estratégicas para sua realização.

Os 6 projetos selecionadas nessa rodada do COLETIVO são:

● Areja
● DSME
● Milênio Bus
● Nina Mobile
● On.I-Bus
● OnBoard Mobility

Frente Parlamentar anuncia esforço conjunto para melhorar transporte público

Durante reinstalação da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, em Brasília, parlamentares defenderam medidas de prioridade ao ônibus e apoio na aprovação de propostas sobre o tema

Facilitar os deslocamentos diários, especialmente dos menos favorecidos economicamente, com a oferta de transporte público eficiente e com preço acessível é prioridade da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público (FPMTP), reinstalada na semana passada (3/7), na Câmara dos Deputados. Após ouvir propostas para a melhoria da mobilidade urbana no Brasil, em especial medidas que dão prioridade ao transporte público por ônibus urbano, o coordenador geral da FPMTP, deputado Mauro Lopes (MDB-MG), anunciou a união de forças entre os parlamentares das duas casas legislativas para devolver dignidade ao trabalhador com a oferta de um transporte público de melhor qualidade.

“Temos que lutar junto ao Governo Federal para que o trabalhador não fique preso em congestionamentos. Por essa razão, precisamos defender a criação de mais faixas e corredores exclusivos de ônibus”, afirmou na abertura dos trabalhos da Frente Parlamentar, que agora vai atuar como Frente Mista, reforçando o peso do apoio às propostas que visam solucionar os principais gargalos da mobilidade urbana e do transporte público.

No caso do ônibus urbano, que enfrenta crise histórica e amarga severa perda de 25,9% de passageiros nos últimos cinco anos,  o coordenador adjunto da FPMTP, deputado Ronaldo Carletto (PP-BA), ainda destacou outros desafios, como o custo do óleo diesel, insumo básico do ônibus, assim como o peso das gratuidades. Explicou que elas encarecem as tarifas porque são bancadas pelo passageiro pagante. Ronaldo Carletto destacou ainda a falta de infraestrutura viária. “Sem infraestrutura urbana o transporte público presta um péssimo serviço”, afirmou, citando também  a concorrência desigual do transporte clandestino com o ônibus.

Ciente de que ainda há um longo caminho a percorrer até a resolução dos principais entraves à melhoria do transporte público no Brasil, Otávio Cunha, presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), pediu apoio da Frente para levar as sugestões conjuntas das prefeituras e operadores do transporte público para o Executivo. Reunidas no documento “Construindo hoje o amanhã – propostas para o transporte público e a mobilidade urbana sustentável no Brasil”, as propostas estão organizadas em cinco programas com soluções para os principais gargalos do transporte urbano no país, incluindo priorização para o transporte coletivo, redução do custo tarifário e maior qualidade para o serviço. Cunha afirmou que o coletivo urbano só vai sair da crise com fontes de recursos extratarifárias, que permitam baratear o preço das passagens. “Precisamos ter uma rede pública básica de transporte barata e eficiente”, reforçou.

Também convidado pela Frente, Getúlio Vargas de Moura Júnior, presidente do Instituto MDT – Instituto do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos, elogiou o trabalho da FPMTP, com foco na população, e anunciou a criação de uma Frente Popular que deverá atuar em sintonia com a pauta da FPMTP. “Morador da periferia não usa transporte por aplicativo, depende de transporte público”, enfatizou.

Após fazer uma apresentação sobre a situação do transporte público em vários países,  o representante do ministro Gustavo Canuto, do Desenvolvimento Regional, o assessor especial Geraldo Freire Garcia, avaliou que a melhoria da mobilidade urbana passa pelo planejamento das cidades para facilitar deslocamentos. Com esse propósito, também defendeu a integração dos vários modos de transportes às redes de transporte público.

Informações da Assessoria de Imprensa da Frente Parlamentar. 

Empresas de transporte público lançam programa de inovação

“O coletivo” será um hub de integração entre diversos atores do segmento.

Estima-se que 25% dos passageiros do transporte público deixaram os serviços coletivos nos últimos 4 anos. Entre as causas, os atraentes preços de apps de carros compartilhados em viagens curtas, que hoje competem diretamente com ônibus, trem e metrô e o incentivo ao uso de carros e motos, que entopem as vias e geram congestionamentos gigantes.

Fonte: NTU. Diminuição no fluxo de passageiros em diversas cidades do Brasil.

Para frear essa acelerada queda de passageiros e, por consequência, de receitas, o transporte de passageiros no Brasil, representado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) lançou o programa “Coletivo – Programa de Inovação em Mobilidade Urbana” no último dia 7.

No site do grupo há a definição do objetivo da iniciativa:

“O Coletivo é um programa de inovação em mobilidade urbana com o objetivo principal de fomentar a inovação em um espaço para o desenvolvimento de ideias, ações ou produtos inovadores em prol do transporte público coletivo urbano”.

Segundo Octávio Cunha, presidente da NTU “nós precisamos reinventar o transporte público. O dia de hoje é um marco”.

A iniciativa promete conectar soluções inovadoras pelo país todo e escalar as melhores a nível nacional.

De acordo Edmundo Pinheiro, Coordenador do Conselho de Inovação da NTU, em um primeiro momento a comunidade relacionada à mobilidade urbana acreditava que a queda de demanda dos últimos anos era relacionada à crise econômica.

O mito, porém, foi derrubado, e hoje outros fatores são considerados “O que está acontecendo com o transporte coletivo é uma mudança da matriz de deslocamento das cidades, onde o transporte individual tem cada vez mais relevância”.

Cientes da mudança desse modelo, as empresas buscam mudar, mas sem antagonizar com as novas soluções, como bicicletas, carros e patinetes compartilhados “esses serviços conseguiram se apropriar da tecnologia e da inovação, com a liberdade que serviços desregulados têm. Porém, não basta aceitar esse problema como um fato, sabemos que as cidades não suportam apenas o modo individual. Vale a pena propor uma mudança coletiva”, afirma Edmundo.

“Ouvimos muito falar de inovação, de startups, de tecnologia, de investimentos de milhões de dólares mas se observarmos todas as inovações são pro modo individual, nada disso temos ouvido falar para inovação voltada ao coletivo e à mobilidade sustentável. Esse programa de inovação começou a refletir sobre como mudar essa realidade”, completa.

Como noticiado no Agora é Simples, algumas empresas de transporte pelo país já se atentaram a essas mudanças e iniciaram serviços com tendências em mobilidade, como o transporte sob demanda. Goiânia e São José dos Campos possuem iniciativas experimentais com vans sob demanda.

Esses serviços em paralelo à rede convencional possibilita flexibilidade para as empresas de transporte, que hoje prestam seus serviços sob contratos engessados e regulamentados, diferentemente dos novos serviços compartilhados.

Já algumas cidades do interior de minas apostam na fidelização de clientes por meio de programa de pontos e benefícios.

Belo Horizonte e região, por sua vez, entenderam que o atendimento ao consumidor deveria ser mais eficiente e agora possuem canais em redes sociais que utilizam Inteligência Artificial para respostas simples e rápidas e contato com atendentes para demandas complexas.

Tudo isso são propostas mapeadas pelo Coletivo e que podem ganhar escala em breve. Acompanhamos ansiosos pelo protagonismo do transporte público.